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Berlusconi falta a julgamento por fraude fiscal

O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, não foi ao tribunal de Milão nesta segunda-feira (28), que retomou seu processo por fraude fiscal, primeiro de uma série de ações judiciais que ele deve enfrentar nos próximos meses.

Berlusconi deve responder perante a justiça por ter inflado artificialmente o valor de compra e venda de direitos cinematográficos e de televisão de filmes adquiridos por empresas fictícias — que, por sua vez, revendiam os títulos ao império audiovisual Mediaset, de propriedade do primeiro-ministro.

Com este sistema, o grupo criou um fundo no exterior para reduzir os lucros anuais da empresa e pagar menos impostos. O processo fora suspenso em abril do ano passado, após a adoção de uma lei que garantia a imunidade parlamentar a Berlusconi por 18 meses.

A lei foi parcialmente anulada em janeiro pela Corte Constitucional, permitindo a reabertura da ação. "Quatro processos em Milão contra o chefe de governo é algo que não tem precedentes na Itália, é fora do normal", afirmou o deputado Niccolo Ghedini, da bancada governista.

Durante a audiência desta segunda, os juízes solicitaram aos advogados que reduzam consideravelmente a lista de testemunhas apresentada, para que o processo tenha uma duração "razoável".

No dia 5 de março, Berlusconi também deverá comparecer à justiça para responder por um caso de abuso de poder e compra de direitos televisivos. Seis dias depois, em 11 de março, uma nova convocação, desta vez por corrupção de testemunha.

Com agências