Raúl: opinião dos cubanos é formidável instrumento de direção
O presidente cubano Raúl Castro declarou nesta terça-feira, 28, que serão analisadas todas as ideias surgidas do debate sobre o Projeto de Direcionamento da Política Econômico-Social do Partido Comunista de Cuba e da Revolução. Em um comunicado divulgado ontem no Noticiário Nacional de Televisão, o general do Exército considerou que as opiniões emitidas constituem um formidável instrumento para a direção do partido e para o governo.
Publicado 01/03/2011 11:46
Até o dia 7 de fevereiro, aconteceram mais de 127 mil reuniões com sete milhões de participantes que resultaram em quase 619.400 proposições, supressões, adições, modificações, dúvidas e preocupações. Ao concluir o processo, terão sido conhecidos os detalhes e resultados dos debates.
“A atualização de nosso modelo não é tarefa de um dia, nem de um ano e por sua complexidade demandará ao menos um quinquênio conseguir sua implantação”, declarou Raúl Castro durante uma reunião ampliada do Conselho de Ministros.
“Esta atividade estratégica não deve deixar espaço para a pressa e a improvisação; a maior ameaça à revolução reside precisamente nos erros que podem ser cometidos”. Por esse motivo, assinalou, “é preciso trabalhar sem pressa, mas também sem pausa e mantendo a ordem e a disciplina em tudo, sem perder de vista a importância de assegurar uma minuciosa preparação para materializar as mudanças”.
Ao se referir ao processo de redução de folhas de pagamento superdimensionadas no setor estatal, disse que se trata de uma medida para recuperar a eficiência e a disciplina nos coletivos de trabalhadores sob o princípio da idoneidade e do direito.
Raúl Castro alertou que uma tarefa dessa magnitude, que afeta de um modo ou de outro tantos cidadãos, não pode de basear em prazos inflexíveis e seu ritmo de avanço dependerá da capacidade para criar condições organizativas e legais para garantir sua implantação exitosa e o controle de seu desenvolvimento, de modo que se introduzam oportunamente as correções apropriadas e se retifiquem as deficiências nos organismos estatais.
Diante do atraso no início do processo, o presidente cubano orientou ajustar o cronograma de sua execução, ao mesmo tempo em que reiterou o desejo do Estado de não deixar desamparado nenhum cidadão.
Fonte: Prensa Latina