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Solução do problema coreano está nas conversações de seis partes

A China compreende e apoia o desejo de Pyongyang de realizar diálogos com Washington e Seul fora das conversações de seis partes, que se encontram congeladas, disse na última sexta-feira (4) o enviado especial de Pequim para os assuntos da Península Coreana, Wu Dawei. Ainda assim, ele insistiu que esses diálogos deveriam ser um passo para a retomada das negociações entre as seis partes, que é "a mais fundamental e eficaz" maneira de manter a estabilidade na península.

Publicado 06/03/2011 23:40

As conversações de seis partes começaram em 2003 entre a China, a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), os Estados Unidos, a Coreia do Sul, a Rússia e o Japão. As conversações destinam-se a convencer Pyongyang a encerrar seu programa nuclear em troca de ajuda maciça. Já foram realizadas seis rodadas de conversações até dezembro de 2008, quando as negociações foram paralisadas.

Wu Dawei disse também que a China é contra quaisquer pré-condições para o reinício das negociações. "Algumas pessoas querem um diálogo entre a República Popular Democrática da Coreia e os Estados Unidos em primeiro lugar, e alguns estão esperando uma conversação entre a RPDC e a República da Coreia. Compreendemos e apoiamos essas propostas", declarou Wu Dawei, durante os trabalhos da Conferência Política Consultiva do Povo Chinês.

Mas a maneira mais eficaz para alcançar o objetivo de manter a estabilidade na península e estabelecer a paz duradoura no nordeste da Ásia é fazer avançar as conversações de seis partes, disse o representante chinês. É a chave para a desnuclearização da península e para a normalização das relações entre as nações envolvidas, acrescentou.

"Eu acredito que as conversações de seis partes vão resolver as preocupações de todos os envolvidos", disse Wu. "Mas nós não queremos ver nenhuma parte definir condições para reiniciar as conversações”. Seul exige que Pyongyang assuma a responsabilidade pelo bombardeio de uma ilha da Coreia do Sul em novembro e pelo afundamento de um navio de guerra sul-coreano, do qual resultou a morte de 46 marinheiros. A Coreia do Sul ainda busca levar o Conselho de Segurança das Nações Unidas a estabelecer sanções contra a RPDC devido ao seu programa de enriquecimento de urânio.

Por outro lado, os EUA e o Japão dizem que antes de retomar as conversações de seis partes, Pyongyang deve primeiramente reparar as relações com Seul. Wu não divulgou uma agenda para a próxima rodada das conversações de seis partes, mas informou que a discussão sobre sua retomada está acontecendo.

Fonte: China Daily