Aleida Guevara visita Assembleia Legislativa

Em Florianópolis, onde participou do desfile da Escola de Samba União da Ilha da Magia, campeã do Carnaval 2011, a filha do ex-guerrilheiro argentino Che Guevara, um dos ícones da Revolução Cubana de 1959, Aleida Guevara, participou na tarde desta terça-feira (9), na Assembleia Legislativa, de uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março.

Recepcionada pelo deputado Sargento Amauri Soares (PDT), a médica pediatra atendeu o convite da bancada feminina no Parlamento, composta pelas deputadas Ana Paula Lima (PT), Ada Faraco de Luca (PMDB), Angela Albino (PCdoB), Dirce Heiderscheidt (PMDB) e Luciane Carminatti (PT).

Na ocasião, Aleida falou sobre as transformações na sociedade feminina durante as ultimas décadas na América Latina. Para ela, as mobilizações realizadas pelas mulheres proporcionam mais oportunidade e, consequentemente, favorece as expectativas de igualdade de gênero. “Assim a mulher participa mais ativamente dentro da sociedade e, a partir desta iniciativa, nos últimos anos a massa feminina erradiou transformações sociais, políticas, entre outras”, frisou.

Com relação ao fato de que as mulheres conquistaram os cargos majoritários na Argentina e no Brasil, Aleida ressaltou que o mais importante é avançar na base da sociedade para que ocorram transformações profundas em diferentes segmentos, indiferente de uma liderança feminina ou masculina. Dentre as conquistas e transformações, Aleida lembrou que “atualmente o Movimento dos Sem Terra, criado há mais de 25 anos, é o único movimento da América Latina que, em suas direções, tanto estadual como municipal, exige que 50% da mesa diretora seja de mulheres. Nem Cuba assegura isso”, lembrou.

Durante suas colocações, Aleida destacou a participação da mulher nas áreas de educação e saúde. “Hoje, 66% dos profissionais de Cuba são mulheres, com 73% na educação e 72% atuando na saúde. A mulher tem a capacidade de transmitir o conhecimento através de gerações. Isso é muito interessante, pois a mulher por estar mais tempo presente na vida dos filhos, ajuda a formar caráter e valores, porém este trabalho nunca é reconhecido pela sociedade. “Entre todas as conquistas e atribuições das mulheres, este sem dúvida é um trabalho que valor nenhum paga”, acrescentou.

por Tatiani Magalhães, assessoria da ALESC