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Afeganistão: Relatório da ONU aponta novo recorde de óbitos civis

Os mortos por ações violentas no Afeganistão aumentaram em 15% em 2010 chegaram a 2.777 nesse ano, batendo novo recorde desde a queda do Talibã em 2001, segundo um relatório das Nações Unidas apresentado nesta quarta-feira (9). Em 2009, o relatório identificou 2.412 e em 2008 foram contabilizadas 2.118 mortes de civis.

Esse incremento elevou a 8.832 as vítimas fatais nesse país nos últimos quatro anos, de acordo com um relatório elaborado pela missão da ONU no Afeganistão.

O documento precisa que 16% das mortes registradas em 2010 – ou seja, cerca de 440 – são responsabilidade da força internacional comandada pelos Estados Unidos e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e de efetivos do governo afegão. Outras 75% (2.082) foram ocasionadas por elementos antigovernamentais e 9% por outros autores.

O relatório assinala que os ataques aéreos da Otan provocaram 171 mortes entre a população, confirmando que esse tipo de ação é a principal causa de baixas fatais civis de responsabilidade oficial. Há apenas uma semana, helicópteros da Otan mataram nove meninos afegãos menores de 12 anos de idade na província afegã de Kunar.

Reação

Por sua vez, os atentados suicidas produziram 1.141 mortos durante o ano de 2010, dos quais 55% foram atribuídos a elementos opostos ao governo. Apesar da ostensiva presença de mais de 150 mil soldados da Otan no país, a rebelião talibã regista atualmente um dos seus períodos mais fortes, e o ano passado acabou com um total de 6.716 incidentes violentos, incluindo a explosão de bombas de beira de estrada, emboscadas, ataques suicidas com bombas e com rockets (um tipo de foguete).

O relatório da ONU indica ainda que metade dos civis abatidos caíram no sul do país, designadamente nas províncias de Helmand e Kandahar.

Da redação, Luana Bonone, com Prensa Latina, Deutsche Welle e Publico20