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Conselho de Segurança deve votar hoje resolução sobre Líbia

Pelo quarto dia consecutivo, o Conselho de Segurança da ONU tentará chegar a um acordo sobre uma proposta de França, Reino Unido e Líbano para impor uma zona de exclusão aérea na Líbia.

Depois de três jornadas de intensos debates esse órgão encarregado da paz e da segurança internacionais não conseguiu avançar para a votação dessa iniciativa devido ao receio e ao ceticismo de alguns de seus 15 integrantes.

Segundo fontes diplomáticas, as maiores dúvidas proveem das delegações da Rússia e da China, e em menor medida dos Estados Unidos, três dos cinco membros permanentes dessa instância da ONU com direito ao veto. As demais nações com esse direito são a França e o Reino Unido.

A Alemanha e a Índia estão com a mesma postura. Ambos os países estrearam em janeiro último nas cadeiras rotativas no Conselho de Segurança.

A proposta em discussão sustenta a necessidade de proibir a navegação aérea sobre a Líbia para dessa forma impedir as operações da aviação do governo líbio contra as forças opositoras.

Durante toda a quarta-feira (16), o embaixador francês na ONU, Gerad Araud, exerceu enormes pressões para acelerar a votação do projeto de resolução, acompahado de uma carta enviada com esse propósito por seu presidente, Nicolas Sarkozy, a todos os membros do Conselho.

Por sua parte, a embaixadora norte-americana, Susan Rice, defendeu perante os jornalistas que poderá ser necessário tomar outras medidas, mais além da zona de exclusão aérea, sem explicar em detalhes.

Qualquer resolução do Conselho de Segurança tem que ser aprovada pelo voto positivo de nove de seus 15 integrantes e nenhum negativo dos cinco permanentes (veto).

Os atuais membros são Rússia, Estados Unidos, França, Reino Unido, China, Brasil, Colômbia, Líbano, Nigéria, Portugal, Bósnia-Herzegovina, Índia, África do Sul, Gabão e Alemanha.

Prensa Latina