Caderno Cultural homenageia neste sábado a Comuna de Paris
Sem medir riscos, em 18 de março de 1871 os operários de Paris decidiram “tomar o céu de assalto”, escreveu Karl Marx, saudando a revolução proletária vitoriosa naquele dia numa das principais capitais europeias. Foi um acontecimento histórico “sem precedentes” (como Lênin o classificou) que durou apenas 72 dias e foi afogado em sangue pelas tropas combinadas dos exércitos francês e prussiano que, tendo vencido a guerra iniciada em 1870, ocupava o território da França.
Publicado 18/03/2011 15:56
Foi um acontecimento sem precedentes porque, pela primeira vez na história, o proletariado tomou o poder e, alijando burgueses e latifundiários, organizou o governo e manteve-o em funcionamento para atender as necessidades de uma metrópole com aquelas dimensões.
A repressão foi sangrenta. Aliado com as tropas estrangeiras que ocupavam a França, o governo de Adolphe Thiers promoveu um massacre: em torno de 25 mil communards foram sumariamente fuzilados, escolhidos ao léu no meio da massa pelos seus algozes; 44 mil foram presos, quatro mil foram deportados e inúmeros foram condenados a penas de prisão.
“No total, escreveu Lênin, Paris perdeu 100 mil filhos, entre os quais se encontravam os melhores operários de todos os ofícios. A burguesia estava satisfeita”.
Os operários de Paris não conseguiram manter o governo ante a força arrasadora dos defensores do capital. Mas indicaram para as gerações futuras o caminho da organização do poder proletário. E deixaram alguns dos símbolos mais notáveis da luta pelo socialismo, entre eles o hino “A Internacional”, adotado pelos comunistas de todos os países.
O Portal Vermelho homenageia neste sábado (19) os heróis da Comuna no caderno cultural Prosa, Poesia e Arte, com versos, músicas e imagens. Imperdível.