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Mais generais se rebelam contra regime no Iêmen

A pressão sobre o presidente do Iêmen, Ali Abdulá Salé, é cada vez mais intensa. Nesta segunda-feira (21) um dos generais mais importantes do regime, Ali Mohsen al-Ahmar, que comanda a zona militar Noroeste do país, anunciou, na Al-Jazira, o apoio aos manifestantes pró-democracia.

O canal televisivo Al-Arabiya dá conta que outros dois generais também deixaram de apoiar Salé. Os responsáveis militares em causa são Mohammed Ali Mohnsen al-Ahamar, comandante da zona Leste do país, e Hamid al-Qosheibi, comandante da região de Amran.

Estas parecem ter sido assumidas em oposição à violência utilizada contra manifestantes anti-regime na passada sexta-feira, que fez 52 mortos, em Sanaa, e levou o governo a declarar o estado de emergência, durante um período de 30 dias.

"Anunciamos o apoio pacífico à revolução pacífica da juventude", disse Ali Mohsen al-Ahmar, numa declaração transmitida pela televisão Al-Jazira, em que disse que "reprimir manifestantes pacíficos é empurrar o país para uma guerra civil".

Segundo a agência Reuters, estes apoios aos protestos por parte de altos comandos militares foram recebidas com regozijo na universidade de Sanaa, que se tornou uma espécie de quartel-general do movimento que pede o fim do regime.

A resposta do regime veio por meio do ministro da Defesa, Mohammad Nasser Ali, que garantiu que o exército ainda apoia Salé.

"As forças armadas irão continuar fiéis ao juramento que fizeram perante Deus, a nação e a liderança política sob o irmão presidente Ali Abdulá Salé", disse o ministro, numa declaração transmitida pela televisão iemenita.

"Não permitiremos, sob qualquer circunstância, uma tentativa de golpe de Estado contra a democracia e a legitimidade democrática, ou a violação da segurança da nação e dos cidadãos", apontou Mohammad Nasser Ali.

Com agências