Para Lucia Antony, tarifa de R$ 2,80 é exorbitante
As explicações dadas pelo presidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Marcos Cavalcante, nesta quarta-feira (23/03), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), sobre a proposta de aumento para R$ 2,80 no valor da tarifa técnica do novo sistema de transporte coletivo de Manaus, não foram suficientes para convecer a vereadora Lucia Antony (PCdoB) que as considerou contraditórias.
Publicado 23/03/2011 21:59 | Editado 04/03/2020 16:12
A parlamentar levantou suspeitas sobre as informações passadas para justificar o acréscimo da tarifa, em especial, no que se refere aos custos com o óleo diesel e com a mão-de-obra contratada. “Não estou convecida desta planilha. Gostaria de ter acesso a todos os dados para poder me aprofundar na discussão e, com a responsabilidade que tenho como vereadora, dizer a todos os cidadãos se esta tarifa está ou não correta. Para mim, esta tarifa é exobritante”, disse.
Lucia Antony questionou a informação dada pelo presidente da SMTU afirmando que o custo com o óleo diesel é de aproximadamente 13%, o que dá em torno de R$ 0,36, quando, na verdade, na planilha o gasto com o combustível na tarifa é de R$ 0,61, ou seja, quase o dobro. Ela levantou dúvidas também sobre os custos com mão-de-obra que foram apresentados que, para a parlamentar, onera muito a tarifa, ainda mais porque está sendo levado em consideração nos cálculos, os gastos com um motorista e um cobrador reservas.
“O sistema não trabalhar assim. Os dados apresentados aqui pelo presidente da SMTU não batem com os dados que estão sendo apresentados na planilha. É preciso analisar com calma os índices apresentados. A tarifa está calculada a mais do que deveria ser na cidade de Manaus. É preciso ver qual é a tarifa justa. A Câmara Municipal não pode legitimar uma tarifa que tem um reajuste muito alto e que não corresponde a um sistema de transporte coletivo de qualidade”, falou Lucia Antony.
De Manaus,
Anwar Assi