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Na América do Sul não haverá mais guerra, diz Chávez

 Na América do Sul não haverá mais guerras, nem golpes de Estado, nem perseguição contra os povos, sustentou nesta terça-feira (29) o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em uma visita às docas Tandanor, na costa sul de Buenos Aires (Argentina).

- Prensa Latina

Após cumprimentar quem definiu como uma grande líder, sua anfitriã Cristina Kirchner, Chávez expressou satisfação por se encontrar de novo neste "grande polo industrial que o neoliberalismo tentou apagar", como destacou.

O governante sublinhou que em Tandanor se constroem 16 barcos para navegar pelo rio da Prata e confirmou que, no final do ano, nas docas Rio Santiago, será instalado o primeiro tanqueiro venezuelano construído na Argentina.

Estes, disse, são os frutos de um dos tantos acordos assinados entre ambos os países e que potenciam a equação de integração definida por Cristina: energia e alimentos.

Em outra parte de sua breve intervenção, Chávez referiu-se às eleições presidenciais argentinas de outubro próximo e comentou que já se sabe o que sucederá, referindo-se a um suposto triunfo nas urnas da atual presidente. Lembrou, ainda, que em 2012 será a vez da Venezuela, e ali "ocorrerá o que tiver de acontecer".

Chávez destacou o papel do ex-presidente da Argentina e ex-secretário geral da União de Nações Sul-americanas (Unasul), o falecido Néstor Kirchner, dquem disse ter deixado o caminho assinalado para a grande aliança entre o Orinoco e o rio da Prata.

A chefa de Estado argentina destacou que nos últimos anos os americanos do sul têm sabido construir condições que permitiram a estes países crescer e diminuir os índices de desigualdade social.

A maioria dos governos populares, democráticos e progressistas da região têm podido começar a cumprir o sonho secular dos antepassados independentistas: liberdade para a igualdade, disse Cristina.

Kirchner ressaltou também a capacidade demonstrada pelas nações sul-americanas de solucionar os conflitos mediante o diálogo, quando os supostos centros da civilização seguem resolvendo suas diferenças com bombas e violência.

Nesse sentido, considerou um exemplo de diplomacia maiúscula o acordo conseguido na Unasul em virtude do qual ocuparão a Secretaria Geral por um período de dois anos a colombiana María Emma Mejía, primeiro, e o venezuelano Alí Rodríguez, depois.

Concluído o ato em Tandanor, Chávez e Cristina Kirchner deslocaram-se ao Palácio San Martín, sede da Chancelaria, onde a presidenta argentina recebeu seu convidado com um almoço.

Ali, a anfitriã agradeceu e brindou pela solidariedade oferecida a seu país pelo governo e o povo da Venezuela nos difíceis momentos vividos no ano de 2003 e sem a qual, opinou, talvez não teria sido possível chegar à Argentina de hoje.

Da redação, com Prensa Latina