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Tristeza de Lula e homenagens do povo marcam despedida de Alencar

A despedida do ex-vice-presidente da República José Alencar, morto na última terça-feira (31) aos 79 anos, foi marcada por muita emoção, diversas homenagens e grande tristeza do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que até dedicou o título honoris causa, da Universidade de Coimbra, ao amigo com quem selou a parceria vitoriosa da eleição de 2002. "Nada disso teria sido possível sem a colaboração generosa e leal daquele que foi meu parceiro de todas as horas".

Quando soube da morte, Lula estava em Portugal para receber a homenagem ao lado da presidente Dilma Rousseff e, de lá, disse que os dois tinham uma relação de pai e filho. Quando chegou ao velório em Brasília, na última quarta-feira (30), após antecipar sua volta da Europa, o ex-presidente não conteve o choro e a emoção.

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Lula também fez questão, ao lado de Dilma, de se despedir do “companheiro” em Belo Horizonte, no segundo dia de velório e confidenciou a um grupo presente na cerimônia.

– Ele foi mais que um vice. Ele era mais forte que eu.

Por ter governado o país por 398 dias, Alencar teve funeral com honras de chefe de Estado. Primeiro em Brasília, no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Depois em Belo Horizonte, no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro. Durante os dois dias de cerimônia, mais de 12 mil anônimos enfrentaram filas para dar adeus àquele que chamaram de “exemplo” para o país.

Políticos e autoridades também lamentaram a perda e muitos destacaram a luta do ex-vice contra o câncer, que durou cerca de 14 anos. O médico Raul Cutait, que acompanhou o tratamento de Alencar, foi ao velório em Brasília e disse que o paciente “ganhou muitos anos em uma doença que talvez teria tirado a vida dele lá atrás”.

– Sem dúvida, devido à dedicação dele em se tratar, ao amor pela vida, ao amor pelas coisas que ele fazia, à fé que ele tinha que as coisas iriam dar certo e à esperança que tudo teria que seguir pelo melhor caminho.

O corpo de José Alencar deixou o Palácio da Liberdade, onde era velado, por volta das 14h, e foi cremado no Parque Renascer Cemitério e Crematório, em Contagem (MG), numa cerimônia reservada à família.

Alencar morreu aos 79 anos, na terça-feira (29), após sofrer falência múltipla de órgãos. Ele lutava contra o câncer havia mais de uma década e tinha sido internado na segunda (28) “em condições críticas”, com parte do intestino obstruído. O problema foi causado por um tumor na região abdominal.

Com informações da Agência Estado