Chávez: Venezuela avança na redução das desigualdades
"A Venezuela é um dos países que têm menos desigualdade e mais justiça na distribuição da riqueza", disse o presidente venezuelano, Hugo Chávez, em entrevista ao jornalista do diário La República, Federico Fasano, durante sua recente visita à República Oriental do Uruguai.
Publicado 05/04/2011 09:53
De acordo com dados do coeficiente de Gini, que mede a distribuição de renda, e onde 0 corresponde a uma perfeita igualdade e 1 à perfeita desigualdade, o país ficou colocado, em 2010, em 0,3898, o que representou um incremento da igualdade, com relação ao número de 1999, que foi 0,4693.
"A Venezuela é o país, reconhecido pela Organização das Nações Unidas e pela Cepal, que, nesta década, avançou mais na redução das desigualdades", disse Chávez. Quanto à pobreza, o chefe de Estado venezuelano explicou que este índice diminuiu de forma constante nos últimos anos e atingiu 26,8% da população total, enquanto a pobreza extrema caiu para 7,1%.
Ele considerou que esses números são um reflexo das políticas públicas para aumentar o investimento social. Explicou que, em sua gestão, 60% da renda nacional foi dedicada ao investimento social, enquanto que, nos governos que o precederam, o valor era de 30%.
"Nós dobramos o investimento social em educação, saúde. O desemprego era de quase 20%, hoje temos 7% ou 8%. O salário mínimo na Venezuela era uma miséria, hoje é o maior da América Latina".
Na área da saúde, ele explicou que foram criados mais de 6 mil centros médicos, entre pequenos consultórios e grandes hospitais. "A pessoa vai e não lhe é cobrado nada. Operações de coração, tomografias, graças à revolução cubana e a esse gênio da humanidade que se chama Fidel Castro", ressaltou.
O presidente Chávez afirmou que a rede de Mercados de Alimentos (Mercal) atende a 14 milhões de venezuelanos e oferece produtos de qualidade a preços justos. Segundo ele, no país não só se subsidiam mais de 40% dos produtos básicos, como também se faz isso em relação a outras áreas, como a importação de veículos, o que permite à população adquirir carros familiares pela metade do preço.
Na entrevista, o presidente disse que o poder de compra dos venezuelanos aumentou não só a partir da visão clássica da renda.
Fonte: Venezuela de Verdad