Denúncia: Ciclistas enfrentam dificuldades na Bezerra de Menezes

Já faz mais de um ano que a ciclovia da avenida Bezerra de Menezes foi construída mas ainda hoje os ciclistas enfrentam dificuldades para transitar pelo local. Entulhos e restos de materiais de construção, lixo, poda de árvores, varais com bandeiras, ambulantes, água e lama empoçada se espalham na via que deveria ser exclusiva para bicicletas. Talvez essa seja a principal razão que faz com que os ciclistas ainda prefiram correr risco entre carros, motos e ônibus que trafegam pela “Bezerra”.

Denúncia ciclistas Fortaleza

A ciclovia das avenidas Bezerra de Menezes e Mister Hull foi construída pelo Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), da Prefeitura Municipal e faz parte do projeto de construção do corredor ligando o terminal de ônibus do Antônio Bezerra ao terminal do Papicu. No trecho entre o terminal do Antonio Bezerra e a Rua Justiniano de Serpa, no bairro Otávio Bonfim, são 4.750 metros. O trecho da ciclovia localizada na Avenida Mister Hull, que vai do terminal ao túnel da Av. Humberto Monte, não tem grandes problemas a não ser pequenos alagamentos que permanecem após as chuvas.

Os maiores problemas encontram-se nos 3 km da Bezerra de Menezes, iniciando no túnel da Av. Humberto Monte. São cerca de 20 pontos críticos. No trecho entre o túnel e Avenida Olavo Bilac tem entulhos, restos de materiais, obra parada e bancas de ambulantes em frente a um shopping. No trajeto entre a Rua Olavo Bilac até a Avenida Padre Anchieta, o lixo é o maior problema.

Quando o ciclista chega próximo à Avenida Padre Anchieta, se depara com obra parada, materiais que impedem a passagem e os varais estendidos com bandeiras e outras confecções, de um lado ao outro da ciclovia. É preciso se baixar para não enganchar no tecido e cair. Nem o amor pelo time do coração impede que o ciclista fique revoltado nesta hora.

Se conseguir continuar, quando chegar próximo à Praça do Otávio Bonfim, ao lado da sede da Secretaria Executiva Regional I (SER I), o problema é a água acumulada. Basta uma chuvinha fraca para que o líquido fique lá até aparecer o sol pra evaporar naturalmente pois não há como escoar. Daí pra frente os problemas são outros e o (a) teimoso (a) ciclista vai pensar que, apesar de tudo, ele estava no paraíso pois a ciclovia acaba ali.

O vendedor ambulante Pedro Góes, morador do Bairro Presidente Kennedy, usa a ciclovia toda manhã para se dirigir ao Mercado São Sebastião com sua bicicleta cargueira, onde compra frutas, verduras e carnes. Antes, ele circulava pela Rua Gustavo Sampaio, paralela à “Bezerra”. Pedro comemorou a construção da ciclovia mas, um ano após a construção, está decepcionado com a dificuldades que se depara todos os dias para fazer o trajeto. Pra ele, o lixo colocado pelos comerciantes e lojistas da própria avenida é o maior problema. No entanto, o trabalhador espera melhorias pois não pretende voltar a trafegar pelo antigo trajeto já que o trânsito lá também é perigoso e ainda há as ameaças de assalto.

O responsável pela fiscalização da SER I, Kennedy Almeida, disse que o órgão tem dificuldade para fazer a identificação de quem coloca lixo na ciclovia mas prometeu que irá intensificar a presença de fiscais na área da SER I, localizada entre a avenida Olavo Bilac até a rua Justiniano de Serpa. A partir dali a área pertence à SER III. Quanto aos entulhos e restos de materiais deixados pela construtora, o encarregado informou que irá enviar um ofício para a equipe do Transfor, solicitando que o problema seja resolvido.

Para reclamar

– Setor de Fiscalização da SER I: (85) 3433-6858
– Ouvidoria da SER I: (85) 3433.6875
– SER III: (85) 3433.2501
– Transfor: (85) 3105.1079
– Fala Fortaleza: 0800 285 0880

Fonte: Sítio do Bairro Ellery