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Fluxo cambial negativo em US$ 14 milhões em 6 dias úteis de abril

O fluxo cambial estava negativo em US$ 14 milhões, entre os dias 1° e 8 de abril, informou o Banco Central (BC). É o resultado de saídas líquidas no valor de US$ 94 milhões nas operações de comércio exterior e ingressos de US$ 80 milhões nas operações financeiras.

Em março completo, o ingresso líquido de moeda estrangeira no país ficou em com US$ 12,660 bilhões, acumulando expressivos US$ 35,5 bilhões no ano.

Medidas do governo

Aparentemente, a reversão para o fluxo negativo de dólares nos primeiros dias de abril responde a medidas tópicas adotadas pelo governo para conter a entrada excessiva e a cotação do câmbio.

O governo adotou algumas medidas, como a taxação com IOF em captações externas de até dois anos, para reduzir o chamado carry-trade, quando bancos e empresas captam a juros baixos lá fora para ganhar com a Selic elevada aqui.

Além disto, o Banco Central comprou somente em abril 2,9 bilhões de dólares para evitar maior valorização do real, o que elevou o valor das reservas internacionais, que terça-feira (12) estavam em US$ 322 bilhões.

Balança comercial

Dados divulgados nesta 4ª feira mostram que, nos primeiros seis dias úteis de abril, os contratos de exportação registraram ingresso de US$ 4,560 bilhões. Já as importações tiveram saída de US$ 4,654 bilhões, resultando em saldo negativo de US$ 94 milhões.

As operações de câmbio financeiro tiveram ingresso de US$ 10,571 bilhões no período, nas diversas formas de captação externa. As remessas em pagamento de compromissos lá fora ficaram em US$ 10,491 bilhões, deixando saldo líquido positivo de US$ 80 milhões nessas operações, informou o BC.

Em igual intervalo de 2010, o fluxo cambial era positivo em US$ 153 milhões. No acumulado deste ano, até 8 de abril, os bancos apontam saldo de câmbio positivo em US$ 35,578 bilhões.
Valorização excessiva

Cálculos da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), com base na taxa real de câmbio, mostram que o poder de compra da moeda brasileira praticamente dobrou em relação ao verificado em julho de 1994, início do Plano Real.

Segundo a Funcex, é como se o dólar estivesse 50% mais barato do que naquela época. Ou seja, o brasileiro pode comprar no exterior o dobro do que compraria com os mesmos reais. Se for considerado o mês de dezembro de 1998, véspera da liberação do câmbio, o dólar estaria cerca de 40% mais barato.

Com agências