Repressão a manifestação no Iêmen provoca 5 mortes
Manifestantes anti-ditatoriais e forças de segurança do Iêmen se enfrentaram na capital Sanaa nesta quarta-feira (13), provocando a morte de duas pessoas, enquanto a oposição aguardava esclarecimentos de mediadores árabes sobre os prazos de uma proposta de transferência dos poderes presidenciais.
Publicado 13/04/2011 18:16
Três pessoas morreram em outras regiões do país, incluindo duas pessoas assassinadas na cidade de Aden, ao sul, quando forças tentaram conter um protesto que exigia o fim do governo do ditador Ali Abdulá Salé, há 32 anos no poder, disseram testemunhas.
Chanceleres árabes de países do golfo afirmam que convidarão Salé e seus oponentes para mediar uma transferência de poder no Iêmen, numa tentativa de minorar os protestos nas ruas.
A oposição inicialmente rejeitou o plano, mas se reuniu com embaixadores de Arábia Saudita, Kuait e Omã na terça-feira para obter esclarecimentos em relação à proposta.
Fontes da oposição disseram esperar uma resposta dos países nesta quarta-feira, com prazos e detalhes do plano, e poderiam responder imediatamente. Um fonte da oposição disse que as conversas poderão ser iniciadas já no sábado em Riad.
Em Sanaa, a tensão seguiu alta perto do acampamento do general amotinado do Exército Ali Mohsen, cujas forças protegem milhares de manifestantes anti-Salé perto da universidade de Sanaa.
"Forças centrais de segurança enfrentaram forças da primeira divisão armada, e dois soldados foram mortos enquanto outros quatro estão em condição crítica", disse uma fonte militar. Um dos mortos compunha a força de Mohsen, e o outro era do lado do governo.
Uma fonte próxima às forças de Mohsen disse que as forças de segurança pró-Salé usaram lançadores de granadas e rifles contra soldados de Mohsen que implantaram um posto de controle em uma estrada que leva à zona de protesto.
As forças de Mohsen revidaram e enfrentaram as forças do governo por uma hora antes da retirada das forças de Salé, deixando intacto o posto de controle, disse a fonte próxima a Mohsen.
Um porta-voz do Ministério do Interior acusou as forças de Mohsen de iniciarem a violência.
Com agências