Sem categoria

Repressão a manifestação no Iêmen provoca 5 mortes

Manifestantes anti-ditatoriais e forças de segurança do Iêmen se enfrentaram na capital Sanaa nesta quarta-feira (13), provocando a morte de duas pessoas, enquanto a oposição aguardava esclarecimentos de mediadores árabes sobre os prazos de uma proposta de transferência dos poderes presidenciais.

Três pessoas morreram em outras regiões do país, incluindo duas pessoas assassinadas na cidade de Aden, ao sul, quando forças tentaram conter um protesto que exigia o fim do governo do ditador Ali Abdulá Salé, há 32 anos no poder, disseram testemunhas.

Chanceleres árabes de países do golfo afirmam que convidarão Salé e seus oponentes para mediar uma transferência de poder no Iêmen, numa tentativa de minorar os protestos nas ruas.

A oposição inicialmente rejeitou o plano, mas se reuniu com embaixadores de Arábia Saudita, Kuait e Omã na terça-feira para obter esclarecimentos em relação à proposta.

Fontes da oposição disseram esperar uma resposta dos países nesta quarta-feira, com prazos e detalhes do plano, e poderiam responder imediatamente. Um fonte da oposição disse que as conversas poderão ser iniciadas já no sábado em Riad.

Em Sanaa, a tensão seguiu alta perto do acampamento do general amotinado do Exército Ali Mohsen, cujas forças protegem milhares de manifestantes anti-Salé perto da universidade de Sanaa.

"Forças centrais de segurança enfrentaram forças da primeira divisão armada, e dois soldados foram mortos enquanto outros quatro estão em condição crítica", disse uma fonte militar. Um dos mortos compunha a força de Mohsen, e o outro era do lado do governo.

Uma fonte próxima às forças de Mohsen disse que as forças de segurança pró-Salé usaram lançadores de granadas e rifles contra soldados de Mohsen que implantaram um posto de controle em uma estrada que leva à zona de protesto.

As forças de Mohsen revidaram e enfrentaram as forças do governo por uma hora antes da retirada das forças de Salé, deixando intacto o posto de controle, disse a fonte próxima a Mohsen.

Um porta-voz do Ministério do Interior acusou as forças de Mohsen de iniciarem a violência.

Com agências