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França endurece com a Líbia e ultrapassa resolução da ONU

Os temidos excessos na implementação da resolução 1973 sobre a Líbia se fizeram tangíveis, nesta sexta (15), com os bombardeios da Otan, bem como a postura endurecida do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Na realidade, Sarkozy conseguiu tornar-se centro de uma manobra para agregar a Grã-Bretanha – após uma reunião em Paris com o primeiro-ministro, David Cameron – e os Estados Unidos – com uma declaração conjunta que Barack Obama também assina.

A nota publicada nos jornais Le Figaro (França), Times (Reino Unido), International Herald Tribune (Estados Unidos) e no árabe Al-Hayat, lançou um novo ultimato ao líder líbio Muammar Kadafi.

Os três dirigentes concordaram que "é impossível imaginar que a Líbia tenha futuro com Kadafi, não trata de tirar Kadafi pela força."

"Isso também condenaria a Líbia a ser não apenas um Estado pária, mas também um Estado fracassado", sublinharam.

Enquanto o texto era publicado em diversos países, a Otan empreendia ações militares mais fortes e o ministro da Defesa francês, Gerard Longuet, admitia que, para exercer mais pressão, "provavelmente se ultrapasse a resolução da ONU".

Longuet estava se referindo à resolução 1973 adotada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas – que prevê a criação de uma zona de exclusão aérea -, a qual, de fato, ultrapassou suas funções faz tempo.

Fonte: Prensa Latina