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Política de Quadros: cada vez mais presente nos desafios atuais

Em intervenção especial para o 7º Encontro Nacional de Questões do Partido, Fabiana Costa, do Departamento Nacional de Quadros João Amazonas e membro do Comitê Central do PCdoB, falou neste sábado (16) sobre a gestão do maior patrimônio do PCdoB: seus quadros. Segundo Fabiana, a política de quadros deve ser uma preocupação permanente do Partido, “de forma a potencializar e assegurar a governança partidária”. Leia abaixo a íntegra da intervenção:

O 7° Encontro Nacional sobre Questões de Partido é um momento de grande importância para o debate e aprimoramento do tema político-organizativo e dos desafios para o próximo período do PCdoB.

O documento sobre a Política de Quadros aprovado no 12° Congresso Nacional é fruto de um intenso debate coletivo, contém o arcabouço político e ideológico e as diretrizes cuja implementação são fatores centrais da direção política e organizativa partidária nos próximos anos.

O tema da Política de Quadros é cada vez mais absorvido pelo coletivo partidário, mas ao mesmo tempo existem muitas dúvidas em como traduzir para o nosso cotidiano partidário a gestão do nosso maior patrimônio: os quadros do PCdoB. Iremos compartilhar neste encontro de algumas iniciativas e ações previstas, considerando que o ano de 2011 será de intenso debate no partido, em função das Conferências Estaduais e Municipais, e a eleição de milhares de dirigentes desde a base.

A Política de Quadros em consonância com o Departamento de Quadros, tanto em âmbito nacional quanto estadual, tem por objetivos:

a) preparar conscientemente e com ousadia nova geração de quadros dirigentes do partido, avançados em sua formação classista e marxista, de capacidade de apreensão da realidade brasileira, que os capacite a discernir de mote próprio os fenômenos na perspectiva do projeto estratégico do Partido, mesclada com os quadros mais antigos e experientes.

b) Avançar na formação de extenso contingente de quadros intermediários e de base, fixá-los nos seus papéis, visando pôr em funcionamento a vida partidária por intermédio deles. Esse esforço se concentra na consolidação dos comitês municipais e na luta por estruturar bases partidárias que congreguem e ponham em ação organizada a militância.

c) Avançar em políticas de quadros com respeito à juventude, mulheres, trabalhadores e quadros mais diretamente atuantes na luta de idéias, bem como em funções técnicas de assessoria e consultoria do trabalho partidário, mandatos, órgãos de governo entre outros .
 

Devemos estar atentos também aos quadros que estão afastados do nosso cotidiano partidário e, darmos a devida atenção aos novos filiados ao partido, garantir a sua alocação e, em especial, sua formação partidária.
 

Com a implementação do Departamento Nacional de Quadros, o desafio agora será o de estender junto aos Estados a gestão dos quadros intermediários, através da criação dos Departamentos Estaduais de Quadros, devendo ser pauta das Comissões Políticas Estaduais, e que terão como foco:

Estabelecer um responsável pelo Departamento Estadual de Quadros (DEQ´s), que deverá ser preferencialmente membro dos comitê estadual, com experiência política e conhecimento dos quadros nos Estados;

Pensar a nova composição das direções Estaduais e Municipais em razão das conferências no próximo período utilizando-se de métodos inovadores, consultivos e participativos. Sugerimos como referência o método utilizado para o Comitê Central no 12° Congresso do PCdoB, que constituiu de auto-avaliação (questionário respondido pelos membros do CC); indicação de novos nomes (consultas às Comissões Políticas Estaduais, às frentes de atuação nacional – mulheres, juventude, trabalhadores; e indicações pessoais dos membros do CC);

Estruturar fisicamente os DEQ´s, com apoio técnico responsável pela gestão e inserção dos dados no sistema Rede Quadros – trata-se de uma ferramenta importante na gestão dos quadros nacionais, intermediários e de base.

Com o suporte dos DEQ´s, os dirigentes partidários precisam ficar atentos em montar uma lista dos principais quadros nos estados e municípios, e cadastrá-los na Rede Quadros. É necessário um amplo levantamento de nomes, com a inclusão de todos os dirigentes dos comitês municipais e militantes das principais frentes de atuação partidária em cada local. Esse processo poderá revelar um arcabouço de quadros que poderão vir compor as novas direções partidárias. Cada vez mais torna-se necessário uma maior participação do coletivo partidário na formação e composição das novas direções.

É necessário para a gestão dos quadros a articulação dos seguintes verbos: conhecer, cadastrar, classificar, alocar, promover, avaliar e controlar.

A política de quadros deve ser aplicada permanentemente, de forma a potencializar e assegurar a governança partidária.

O tema da Política de Quadros e Vida Militante de Base tornam-se dois pilares de grande importância e sustentação, no sentido de garantirmos um partido cada vez mais extenso, mas com uma forte raiz militante, e com quadros cada vez mais comprometidos com as nossas ideias e ideais.

Os quadros intermediários ganham cada vez mais centralidade como sendo os “pivôs” que contribuirão para uma vida militante mais estruturada e estável dos quadros de base. Conforme o documento do 12° Congresso “quadros intermediários e de base são os elos de ligação entre a orientação nacional partidária e a extensa militância, por um lado e, de outro, entre a militância e o povo”.

Fabiana Costa
Departamento Nacional de Quadros João Amazonas/Comitê Central do PCdoB