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Ataque aéreo dos EUA deixa pelo menos 25 mortos no Paquistão

Pelo menos 25 pessoas, entre elas três mulheres e cinco crianças, foram mortas em um ataque realizado sexta-feira (22) por aviões não-tripulados dos Estados Unidos contra uma casa em uma zona tribal do noroeste do Paquistão, segundo informações do serviço de inteligência do país.

O ataque ocorreu dois dias depois da visita do almirante Mike Mullen, a principal autoridade militar dos EUA, a Islamabad, na qual ele se mostrou preocupado com a associação entre agentes da segurança paquistanesa e militantes que atacam as forças lideradas pelo governo americano na fronteira com o Afeganistão.

Cinco mísseis

A emissora privada de televisão Geo News informou que os aparelhos sem piloto operados pela Agência Central de Inteligência (CIA) dispararam cinco mísseis contra o complexo habitacional localizado no povoado de Spinwan, no Waziristão do Norte.

Foi o primeiro ataque dos drones estadunidenses nessa zona tribal paquistanense fronteiriça com o Afeganistão desde o realizado em 17 de março passado contra uma casa de idosos, deixando 39 mortos.

Washington afirma que os bombardeios estão dirigidos contra os rebeldes afegãos e paquistaneses em guerra contra tropas da Otan localizadas no Afeganistão.

Contraproducentes

O governo paquistanense, aliado dos Estados Unidos na região, considera, no entanto, que os ataques são contraproducentes, porque contribuem com o sentimento anti-estadounidense entre a população local, e fortalecem os insurgentes islâmicos que operam na região.

De acordo com os números extra-oficiais, mais de duas mil pessoas, a maioria civis, morreram no noroeste do Paquistão desde 2004, como resultado dos mísseis disparados pelos aviões sem pilotos estadunidenses.

É um morticínio pouco comentado pelos grandes meios de comunicação e, por isto, geralmente ignorado pela opinião pública. A versão dominante é de que se trata de uma guerra contra o terrorismo.

Com agências