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Filho de Kadafi diz que ataques covardes da Otan não assustam

Saif afirma que o regime não se renderá frente aos bombardeios.

O filho do líder líbio, Muamar Kadafi, Saif al-Islam, garantiu que o regime não se intimidou com os bombardeios da Otan nas primeiras horas desta segunda-feira (25) na capital do país, Trípoli.
"O ataque covarde aconteceu no meio da noite. É possível que este ataque assuste meninos e meninas pequenos. Mas não vamos hastear a bandeira branca, nos render e não estamos com medo", disse ele.

O bombardeio provocou grandes danos a edifícios do complexo em que fica a residência de Kadafi. Segundo relatos locais, ao menos dois mísseis atingiram a região de Bab al-Aziza, onde supostamente fica o complexo de Kadafi, na madrugada desta segunda-feira.

Três estações de TV locais saíram do ar brevemente após as explosões. Os ataques foram um dos mais fortes a Trípoli desde o início das operações da coalizão imperialista que age sob o pretexto de proteger os civis do país de ataques das forças de Kadafi.

‘Atmosfera perigosa’

As operações, iniciadas no mês passado, tiveram o aval de uma controvertida resolução do Conselho de Segurança da ONU, que mencionava uma zona de exclusão aérea para proteger civis. Mas a ação das potências imperialistas extrapola em muito a resolução da ONU e desperta fortes críticas em países como China, Rússia, Índia e Brasil.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia disse que o fato de rebeldes passarem a contar com o apoio ocidental para promover levantes estaria criando uma atmosfera perigosa no Oriente Médio.

"Infelizmente, isso é contagioso e surge entre rebeldes de outros países da região, na esperança de agravar a situação para a chegada da comunidade internacional, ao seu lado", disse Sergei Lavrov.

"Este é um convite para guerras civis. Portanto, é irresponsabilidade os governos usarem força contra seus cidadãos, da mesma forma que é irresponsabilidade a oposição convidar o uso de força de alguém de fora", disse ele.

A Rússia pediu para que a Líbia implemente a resolução da ONU e cesse os ataques contra civis. O país se absteve de votar na resolução que autoriza a intervenção militar.

Com informações da BBC Brasil