Coalizão não tem direito de matar Kadafi, diz Pútin
O premiê russo Vladimir Putin criticou nesta terça-feira (26) os ataques cometidos pela aviação do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) contra a residência do líder líbio, Muamar Kadafi.
Publicado 26/04/2011 19:44
"Disseram que o objetivo era criar uma zona de exclusão aérea, mas bombardeiam a residência de Kadafi", denunciou Putin durante uma visita a Copenhague, na Dinamarca, numa visita para assistir à assinatura de acordos de fornecimento de energia.
"Na Líbia, as contradições internas desembocaram em um conflito armado, mas de nenhuma forma era necessária a ingerência externa no assunto", declarou o chefe do Governo russo.
"Há muitos Estados equivocados no mundo, será que vamos bombardear todos?", indagou o estadista russo.
"Alguns negam, mas outros chegam a reconhecer que seu objetivo [com os bombardeios da Otan] é o próprio Kadafi", assinalou Putin.
"Mas quem lhes deu esse direito, sem julgamento? Quem determinou que essa pessoa, quem quer que seja, pode ser executada?", questionou.
"Eles disseram que não queriam matar Kadafi. Agora algumas autoridades dizem: sim, estamos tentando matar Kadafi", disse Putin.
"Há poucos regimes desonestos como esse no mundo? Então vamos intervir em todos esses conflitos? Olhe a África, olhe a Somália. Vamos bombardear todos e atacar com mísseis?"
Com agências