Coletivo de Cultura do PCdoB na Bahia será lançado em maio

O PCdoB lançou recentemente o Coletivo Nacional de Cultura voltado para ampliar os vínculos já existentes com o setor em todo o país. O organismo vai reunir as ações partidárias para a discussão sobre a cultura, além de lutar por políticas públicas e mais investimentos para a área. Á frente do movimento, o ex-deputado Javier Alfaya, que tem larga experiência no assunto e já prometeu o lançamento do Coletivo de Cultura baiano até o fim de maio.

Interessados em integrar o Coletivo baiano já podem entrar em contato com Javier, que por enquanto deve responder também pelas articulações da frente no estado. “O coletivo reúne as pessoas vinculadas à parte artística cultural, que vai desde artistas a produtores culturais, pessoas ligadas às artes cênicas, de teatro e pessoas ligadas a arquivo, bibliotecas, gestores públicos culturais. O coletivo é um organismo do PCdoB, mas nós vamos convidar pessoas que tenham interesse em se aproximar e conhecer a atuação cultural do partido”, declarou Alfaya.

O coordenador nacional do Coletivo de Cultura deixou bem claro também quais são as pretensões do organismo, que terá uma atuação pautada por entendimento de cultura que vai muito além da arte e do divertimento. “Nós pretendemos fazer a luta ideológica, com debates teóricos sobre a cultura brasileira, tradição cultural, patrimônio, a relação da cultura brasileira com a de outros países, a indústria cultural, a mídia, mas também atuar em interface outras frentes, como a de defesa da banda larga de qualidade para todos e pela democratização da mídia. Para nós, cultura não abrange apenas a arte e o divertimento, mas a cultura em um sentido mais amplo, como a atuação na área de comunicação, por exemplo. Isto é o que define a cultura de um país”, explicou o dirigente comunista.

Mas, o Coletivo vai defender também uma pauta mais pontual e prática, conforme definição de seu coordenador. No Congresso nacional tem a luta pela destinação de 2% do orçamento federal para investimentos na área cultural. Nos estados, este percentual seria de 1,5% e nos municípios, 1%. “Tem ainda a luta pelo Sistema Nacional de Cultura, pela implementação de políticas do tipo Pontos de Cultura, que é uma forma muito moderna e legal de está distribuindo a cultura, de forma bem moderna, bem espalhada”, afirma Javier.

Na Bahia, o Coletivo, assim que for criado, vai se articular para ajudar o Governo Wagner a implementar as políticas corretas, mas também ser uma força que exige direitos, que vai cobrar. Entre as principais bandeiras a serem defendidas pelo Coletivo está a criação de uma Secretaria de Cultura em Salvador, uma das cidades mais ricas culturalmente no país.

Enquanto o Coletivo não é lançado na Bahia, vale a pena acompanhar as ações do Coletivo Nacional através do endereço eletrônico www.coletivoculturapcdob.com.br .

De Salvador,
Eliane Costa