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Fracassa a tentativa da União Europeia de condenar a Síria na ONU

Depois de dois dias de pressões intensas, os principais membros ocidentais do Conselho de Segurança viram fracassados seus esforços na tentativa de obter uma condenação explícita do Conselho contra o governo sírio, por conta da violência no país.

O orgão não apoiou um projeto de declaração com essa finalidade apresentado no último fim de semana pela França, Alemanha, Reino Unido e Portugal e apoiado pelos Estados Unidos.

A pretensão de obter uma denúncia contra as autoridades sírias foi frustrada pela forte oposição da Rússia e da China, países que, junto com os Estados Unidos, Reino Unido e França, têm direito a veto, como membros permanentes do corpo das Nações Unidas.

Durante a reunião, de caráter aberto, as delegações de Moscou e Pequim argumentaram que a situação na Síria não representa uma ameaça à paz e à segurança internacionais, cuja proteção é a razão de ser do Conselho de Segurança.

Por esse motivo, não há razão para considerar tais medidas como sanções e outras ações por parte da ONU, indicaram.

Esse detalhe vai de encontro com o anúncio feito pelo governo dos Estados Unidos sobre a possível aplicação de sanções unilaterais contra a Síria, como o congelamento de ativos do presidente Bachar Al-Assad e pessoas do seu governo.

Por sua vez, os representantes de Índia, Brasil e Líbano insistiram na necessidade de procurar por uma solução para a Síria por meio do diálogo e "reformas democráticas".

Ao mesmo tempo, o embaixador sírio para a ONU, Bashir Jaafari, denunciou que os responsáveis pelos distúrbios em seu país são extremistas que tratam de derrubar o governo, "elementos armados que assassinam pessoas inocentes e muitos membros das forças armadas".

O Conselho de Segurança é constituído ainda por Colômbia, Nigéria, Bósnia e Herzegovina, África do Sul e Gabão.

Fonte: Prensa Latina