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Infraero admite rever cronograma das obras do aeroporto de Manaus

Sob pressão dos parlamentares da bancada do Amazonas no Congresso Nacional, o presidente da Infraero, Antonio Gustavo Matos do Vale, admitiu rever o cronograma das obras de ampliação do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, de Manaus, para que o empreendimento seja concluído em 2013. Com isso, a cidade estará preparada para receber os milhões de turistas que virão assistir aos jogos da Copa do Mundo de 2014.

Na reunião, realizada na sede da empresa, em Brasília, nesta quarta-feira (27), os três senadores e quatro deputados federais amazonenses disseram a Antonio Vale e ao diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Infraero, Jaime Parreira, que é inadmissível o prognóstico de que apenas 75% das obras estarão concluídas até o início da competição.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), que solicitou a audiência, considerou que é possível antecipar a conclusão, sobretudo por que não há problema ambiental envolvendo o empreendimento. Ela lembrou que há dez anos a bancada vem reivindicando as obras no aeroporto, o terceiro em movimento de cargas no Brasil. “A Copa do Mundo só veio tornar o problema mais urgente. Ou seja, temos razão para ficar com o pé atrás”, protestou.

O senador Eduardo Braga (PMDB) propôs uma parceria entre a bancada e o presidente da Infraero para resolver o problema. “Estamos a sua disposição no Congresso caso seja necessário, inclusive, fazer pressão no Planalto. É preciso enxugar esse cronograma”, ponderou.

“É inaceitável sairmos de uma reunião como essa com a definição de que a reforma do aeroporto só será concluída em 75% até 2014”, protestou o senador João Pedro (PT).

O presidente da Infraero disse que antes do processo de licitação até a contratação será difícil alterar o cronograma, mas após esse processo, combinou uma nova reunião com a bancada para ver a possibilidade de acelerar as obras.

Antônio do Vale explicou que o cronograma de 25 meses para promover a ampliação do aeroporto reflete também “a necessidade de ter uma margem de segurança”. Para ele, um dos fatores que podem contribuir com a aceleração das obras é não ter interferência judicial no processo de licitação até a autorização da ordem de serviço. E citou como exemplo as obras de um terminal no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, que foram embargadas por ordem de um juiz federal por suspeitas de danos ambientais.