Mostra PE começa nesta quinta-feira no Cinema da Fundação

Há três anos que o Cine PE: Festival do Audiovisual vem tentando abrir um espaço maior para escoar a cada […]

Há três anos que o Cine PE: Festival do Audiovisual vem tentando abrir um espaço maior para escoar a cada dia mais crescente produção audiovisual pernambucana. Como as mostras competitivas que acontecem no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, não comportam tantos filmes locais, a saída da direção do Cine PE foi criar a Mostra Competitiva de Curtas Digitais Pernambucanos.

No ano passado, quando mudou-se para o Cinema São Luiz – depois de dois anos no Cinema da Fundação –, parecia que a Mostra Pernambuco, como o evento está sendo chamado, tinha encontrado seu modelo ideal. Afinal, pela primeira vez os longas-metragens estavam na competição, como também havia uma premiação em dinheiro patrocinada pela Assembleia Legislativa. A mostra deste ano, que está de volta ao Cinema da Fundação a partir de amanhã (28/04), sofreu um imerecido retrocesso. Não haverá longas-metragens na competição nem o prêmio em dinheiro da Assembléia Legislativa.

Até a sexta-feira (29/04), serão exibidos nove curtas-metragens. Alguns já mostraram que são obras de qualidade em outros festivais. O documentário Aeroporto, de Marcelo Pedroso, é um bom exemplo de um tipo de cinema inventivo feito atualmente no Brasil. A partir de experiências alheias, de pessoas que viajam e coletam lembranças, o cineasta cria uma nova realidade para momentos corriqueiros do dia a dia.

Experimentalismo também é a marca de Palavra plástica, onde Leo Falcão investe no esgarçamento da linguagem documentária para mostrar como alguns artistas plásticos pernambucanos interpretam os poemas de Carlos Pena Filho. Sob um viés ficcional, Mateus Sá também bebeu na mesma do poeta em É lá que eu vejo, que este ano foi lembrado pelo 50º aniversário de sua morte.

Outro documentário em exibição é Cinema americano, de Taciano Valério, que revela a existência do cineasta Menelau Júnior, um professor caruaruense que faz filmes de terror nas horas vagas. Seria um novo Simião Martiniano?

Um dos destaques entre os curtas de ficção é 1:21, de Adriana Câmara. Montado a partir de stills (fotografias), o filme conta uma história trágica e já ganhou vários prêmios em festivais como Gramado Cine Vídeo e FestAruanda, de João Pessoa. Ainda estão na programação, Diário de um ator, de Cadu Pereira; Bob Lester, de Hanna Godoy e Mariana Penedo; Vodka, de Vitor Dreyer; e Solar dos príncipes, de Bruno Mendes e Henrique Eduardo.

Programação da Mostra Competitiva de Curtas Digitais Pernambucanos

Quinta-feira, 28 de abril

Cinema americano, de Taciano Valério. Documentário, 14’
Palavra plástica, de Leo Falcão. Documentário, 18’20”
1:21, de Adriana Câmara. Ficção, 10’49”
É lá que eu vejo, de Mateus Sá. Ficção, 6’
Solar dos príncipes, de Bruno Mendes e Henrique Eduardo. Ficção, 7’

Sexta-feira, dia 29 de abril

Diário de um ator, de Cadu Pereira. Ficção, 8’30”
Bob Lester, de Hanna Godoy e Mariana Penedo. Ficção, 12’
Vodka, de Victor Dreyer. Ficção, 16’
Aeroporto, de Marcelo Pedroso. Documentário, 20’

Hora: 19h
Local: Cinema da Fundação
Rua Henrique Dias, 609, Derby.
Ingressos: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)

Fonte JC Oline