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Otan bombardeia Trípoli; conflito atinge fronteira com Tunísia

Potentes explosões ocorreram nesta madrugada (29) no sudeste da capital líbia, Trípoli, devido aos bombardeios aéreos da Otan, enquanto os enfrentamentos terrestres se intensificaram na localidade de Dehiba, na fronteira libio-tunisina.

Aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) voltaram a atacar o distrito de Ain Zara, em Trípoli, onde na quinta-feira foram ouvidas pelo menos cinco explosões e eram vistas densas colunas de fumaça, em meio a um incessante sobrevoo de aviões militares.

A agressão à capital, antecedida por outros bombardeios a instalações do governo e complexos residenciais do líder Muamar Kadafi, aparentemente não causou vítimas, mas mobilizou as forças de defesa regulares e fez ativar as baterias antiaéreas.

Ao mesmo tempo, um porta-voz do Exército declarou à televisão estatal líbia que foi assumido o controle do povoado de Kufra, no sudeste, ao mesmo tempo em que prosseguiam os combates na cidade ocidental de Misratah. Fontes insurgentes afirmaram que 10 civis morreram e uns 30 ficaram feridos na referida localidade durante os enfrentamentos com as tropas leais a Kadafi, que trataram de bloquear as operações do porto, apesar dos ataques da Otan.

A TV Al Jazira reportou, por outro lado, fortes choques em torno do posto de controle fronteiriço de Dehiba-Wazin, no extremo oeste, a partir da tentativa do governo de cortar una rota de abastecimento para os insurgentes na assediada cidade de Misratah.

Também a agência oficial de noticias tunisina TAP confirmou os enfrentamentos, enquanto líderes insurgentes declararam que aviões da Otan os apoiaram com incursões sobre as posições das tropas regulares.

O governo da Tunísia expressou sua "extrema indignação" perante o governo da Líbia pelo incidente na fronteira, dado que a artilharia subordinada a Trípoli impactou em zonas do lado tunisino durante uma ofensiva contra os insurgentes.

As últimas informações asseguram que os insurgentes retomaram o posto de Dehiba-Wazin, provocaram a morte de ao menos oito soldados do governo, assim como de vários civis refugiados que tentaram cruzar a fronteira.

Prensa Latina