Movimento trabalhista é tema de debate na Câmara

O Dia do Trabalhador e as bandeiras históricas do movimento trabalhista foram discutidos nesta terça-feira (3), no plenário da Câmara Municipal de Natal, durante audiência pública proposta pelo vereador George Câmara (PCdoB) e que contou com a presença da secção estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RN) e do Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindipetro – RN).

Durante a audiência, a importância histórica do dia 1 de maio foi discutida dentro da perspectiva do desenvolvimento com justiça social, destacando as principais reivindicações do movimento trabalhista como a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e a redução da taxa de juros.

O vereador George Câmara ressaltou que, mesmo passados 125 anos da instituição do Dia do Trabalhador, as reivindicações do movimento não sofreram grandes alterações. No Brasil, existe um projeto de lei do ex-deputado federal e atual senador Inácio Arruda (PCdoB/CE) que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem perda salarial. O projeto tramita nas comissões do Congresso desde 1999.

“As bandeiras do movimento até hoje não mudaram, infelizmente. Estamos propondo um debate para resgatar a data, mas também para estabelecer as reflexões necessárias para essas questões como se apresentam hoje”, disse o vereador.

Para o coordenador geral do Sindipetro-RN Marcio Dias, a redução da jornada de trabalho traria benefícios não apenas para o trabalhador, mas para a sociedade em geral. “A redução traria uma qualidade maior de vida para o trabalhador, mas seria um benefício social ao passo em que provocaria a geração de mais empregos. É oportuno que essa questão seja discutida dentro das comemorações dessa data histórica”, pontuou.

O presidente da CTB-RN Moacir Soares destacou a importância de esclarecer essas e outras questões para a sociedade. “É preciso que as centrais de trabalhadores se unifiquem nas reivindicações e que existam momentos como esse, de debate público, para que o movimento possa dialogar com a sociedade no tratamento dessas questões”, afirmou.