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Tombini: quarentena não será usada para conter queda do dólar

Estabelecer uma quarentena para o capital externo, como forma de ajudar a conter a desvalorização do dólar frente ao real, não está no radar do Banco Central (BC), afirmou nesta quinta-feira (5) o presidente do órgão, Alexandre Tombini, em audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso.

"Fluxos de capital não são permanentes, mas podem deixar marcas permanentes em economias que não se protegerem", disse ele, acrescentando que "o Brasil está se preparando bem para quando a maré da liquidez mundial mudar". Em relação ao crédito, ele disse que o BC tem prestado atenção aos prazos de financiamento e pode tomar mais medidas no futuro, se for necessário para conter riscos de crédito.

Política consistente impede contágio de expectativas

Alexandre Tombini, destacou nesta quinta-feira que uma política consistente do BC é importante para impedir um contágio das expectativas inflacionárias pela inflação corrente.

"A própria política do Banco Central no combate à inflação sendo consistente, não tem porque esse processo de contaminação ocorrer", caso a inflação supere o teto da meta em algum momento, afirmou Tombini em audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso.

Ele disse que o BC está trabalhando "para que a inflação comece a convergir para o centro da meta" e acrescentou que "a visão do BC é de que há múltiplos fatores por trás da elevação da inflação".

Não mudou "absolutamente" nada no BC

O BC tem mantido uma postura consistente ao longo do tempo, disse Tombini, em audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso. "Não mudou absolutamente nada (no BC)", disse. "O Banco Central vem fazendo sua política, tem recebido contribuições de outras áreas do governo no combate à inflação".

Com agências