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Chávez se encontra com Dilma, depois visita Equador e Cuba

Após visitar a cidade Baruta, no estado de Miranda, na Venezuela, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, confirmou que começa a partir desta terça-feira (10) uma série de viagens aos países vizinhos.

"Eu vou amanhã ao Brasil. É minha primeira visita oficial ao Brasil agora presidido por Dilma Rousseff. E de lá vamos ao Equador, para uma visita de trabalho com (o presidente) Rafael Correa, e de lá passamos para Cuba", declarou Chávez.

As informações são da estatal da Venezuela, a Agência Venezuelana de Notícias (AVN). Segundo a agência, as visitas do presidente serão transmitidas ao vivo em cadeia nacional de rádio e televisão.

Na visita a Brasília, Chávez e Dilma pretendem reafirmar que as relações entre Brasil e Venezuela, intensificadas no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deverão ser mantidas da mesma forma.

Também estará em pauta a questão da refinaria de Abreu e Lima em Pernambuco. O nome é uma homenagem ao brasileiro que lutou ao lado de Simón Bolívar para a libertação da Venezuela. A Petrobras aguarda da estatal venezuelana PDVSA o repasse de cerca de R$ 400 milhões para a conclusão das obras. De acordo com o governo brasileiro, apenas a Petrobras investiu na refinaria.

Dilma e Chávez deverão analisar, nesta terça-feira, de maneira detalhada quais acordos, dos já firmados por venezuelanos e brasileiros, estão pendentes. O objetivo é ampliar as parcerias nos setores de energia – principalmente porque a Venezuela passa por um momento de racionamento – e comercial. Apenas no ano passado, o intercâmbio comercial entre Brasil e Venezuela envolveu US$ 4,6 bilhões.

Na última sexta-feira, empresários dos dois países se reuniram para discutir sobre vários setores, como agronegócios, alimentos, bebidas, construção civil, produtos de higiene pessoal e artigos para o lar, além de ferro, minerais, alumínio e autopeças. Só nos primeiros meses deste ano as negociações já superaram US$ 1 bilhão — sendo que em março as exportações brasileiras somaram US$ 822,7 milhões.

Os empresários e representantes dos governos prepararam os termos para a cooperação no desenvolvimento da indústria venezuelana e as definições referentes às exigências sanitárias para as exportações de carnes à Venezuela. Os venezuelanos compram do Brasil principalmente carne, frango desossado e alimentos.

Ele elogiou também a realização do referendo de sábado no Equador – proposto pelo presidente Rafael Correa -, que busca, entre outros objetivos, reformar o sistema judiciário do país e criar um órgão regulador da imprensa. "Tremenda vitória a do Equador e de Correa ontem", disse Chávez. "Essa é a nova democracia, o socialismo do século XXI".

O presidente venezuelano revisará com Correa assuntos da Aliança Bolivariana para os Povos da América (ALBA), assim como outros temas de integração regional para o "fortalecimento" da América Latina.

O breve giro de Chávez terminará na quinta-feira em Cuba, país com o qual a Venezuela mantém estreitos vínculos políticos e comerciais desde que Chávez assumiu o poder. Ele disse que irá "trabalhar" com o presidente Raúl Castro e o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro.

Depois dos resultados das eleições, confirmando a vitória de Dilma, Chávez postou uma mensagem na rede social Twitter destacando a competência da presidente e sua confiança no novo governo. Segundo ele, Dilma era “sua candidata”.

Com agências