Debate reúne lideranças para debater a Copa e desenvolvimento
O vereador Jamil Murad (PCdoB) esteve hoje (16) no seminário O mundial de futebol e o desenvolvimento nacional, promovido pela Federação Nacional de Engenheiros (FNE) na sede do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, na capital paulista. Em pauta, a necessidade de se aproveitar a oportunidade da Copa de 2014 para estimular o desenvolvimento nacional, em especial do ponto de vista da infraestrutura das cidades.
Publicado 17/05/2011 13:00 | Editado 04/03/2020 17:17
Participaram do evento, entre outros, o presidente do Ipea, Macio Pochmann; o secretário de Articulação da Copa na cidade de São Paulo, Gilmar Tadeu Ribeiro Alves; o assessor Rodrigo de Carvalho, representando o ministro do Esporte, Orlando Silva; o deputado estadual Pedro Bigardi (PCdoB-SP); o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP); o vice-presidente da CBF, José Maria Marin e o presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro.
“Os engenheiros são irmãos do desenvolvimento e a Copa é uma grande oportunidade de contribuirmos para o desenvolvimento de nosso país”, disse o vereador Jamil Murad, que compôs a mesa de abertura. Conforme destacou, “a nação está unida em torno de um mesmo ideal: o progresso do país com distribuição de renda”.
O parlamentar rechaçou a opinião de alguns setores contra a realização do evento no país. “Quando o mundial acabar, o Brasil ficará com todos os benefícios de infra-estrutura, cujos investimentos estão sendo feitos agora”.
Ao finalizar sua participação, ressaltou: “Vamos mostrar que acima de qualquer coisa, o Brasil é competente, tem profissionais, empresas e governos capazes e um povo dedicado e trabalhador suficiente para fazer o mundial dar certo”.
O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, frisou que “o que está em curso neste momento não é apenas a realização de um grande evento esportivo, mas principalmente a continuidade do ciclo de expansão pelo qual o Brasil tem passado”. Para além de completar a malha de estrutura urbana, o economista lembrou que “o Brasil poderá, neste processo, dar um salto na área tecnológica e tem tudo para estar entre os primeiros do mundo no setor”.
O deputado Pedro Bigardi, por sua vez, disse: “apesar de ver o grande esforço que tem sido feito pelos agentes públicos e políticos, sinto falta de uma agenda técnica mais clara” sobre o andamento das obras e ações relativas à Copa no estado. De acordo com Bigardi, “podemos deixar um grande legado na área do transporte e da logística, por exemplo, e vejo certo atraso do estado de São Paulo neste aspecto”.
Novas oportunidades
“A copa é uma importante oportunidade para São Paulo. Devemos abraçá-la de corpo e alma. A cidade tem uma boa infra-estrutura que, no entanto, está operando em seu limite. Por isso, precisamos aproveitar a Copa para dar um passo adiante na melhoria da cidade”, colocou Gilmar Tadeu Alves, secretário de Articulação da Copa. Ele enumerou os principais objetivos da pasta: sediar a abertura e jogos do mundial, o Centro Internacional de Mídia no Anhembi e o Congresso da Fifa. Alves também destacou a construção do Centro de Exposições de Pirituba como “um novo instrumento para a cidade alargar suas condições de receber grandes eventos internacionais”.
Além disso, ressaltou as melhorias que estão sendo planejadas para a Zona Leste por conta do estádio Itaquerão. “Esta é uma das regiões mais carentes da capital e que terá agora a chance de ser alavancada com, inclusive, faculdades e escolas técnicas em benefício da população local”.
Rodrigo Carvalho, assessor do ministro Orlando Silva, do Esporte, destacou o novo papel internacional do país e os investimentos que vêm sendo feitos pela pasta. “Ao realizar a Copa, estaremos dialogando mais de perto com o mundo. E pelas características de nosso país e nosso povo, ouso dizer que esta será a melhor das copas”, enfatizou.
Segundo ele, o Ministério está atento para que o país não herde “elefantes brancos” e para “incrementar ainda mais o turismo”. Quanto à infra-estrutura, disse que diante do crescimento do país, “seria preciso, em algum momento, lidar com questões ligadas à mobilidade, em especial no que diz respeito aos aeroportos. Felizmente o brasileiro está podendo viajar mais de avião; ampliar os aeroportos dialoga com a Copa, mas se relaciona principalmente com a demanda do próprio país”. Por fim, colocou: “certamente, faremos um mundial maravilhoso e ajudaremos no desenvolvimento do Brasil”.