Otan bombardeia porto de Trípoli e residência de Kadafi

Fontes oficiais da Líbia informaram que aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realizaram várias incursões militares nas primeiras horas do domingo contra o porto deTrípoli, onde na quinta-feira passada afundaram cinco barcos em outro bombardeio.

Naquele mesmo dia a aviação das potências ocidentais atacou também os portos de Sirte e Al-Khums (leste) nos quais destruíram ou danificaram severamente outros três navios supostamente militares.

Desde a noite do sábado e na madrugada do domingo foram ouvidas várias explosões e o sobrevoo rasante de caças de combate por esta cidade, inclusive o bairro de Bab Al-Aziziyah, onde Kadafi tem uma de suas residências no centro de Trípoli.

Um porta-voz indicou que nessa incursão quatro pessoas ficaram feridas. Numerosos correspondentes estrangeiros tentaram verificar a magnitude dos ataques da aliança atlântica, mas o perigo de novas incursões fez com que as autoridades impedissem o acesso, segundo explicou um comentarista do canal público Al Jamahiriya.

Nas últimas semanas a Otan lançou sistemáticos golpes aéreos contra a principal cidade da Líbia numa tentativa cada vez mais evidente para aniquilar Kadafi, apesar de que seus porta-vozes reiterem que seu fim é apenas proteger civis.

Durante um ataque há semanas à casa do filho menor do líder líbio, nas imediações de Bab Al-Aziziyah, morreram este e três netos enquanto o próprio governante e sua esposa, que estavam na casa ficaram ilesos, segundo informaram fontes do governo líbio.

Igualmente os agressores dispararam neste domingo contra posições do exército regular que combate os rebeldes armados em regiões montanhosas do oeste do país limítrofes com a Tunísia, o que levou o país vizinho a elevar o nível de alerta militar na fronteira comum.

Segundo fontes televisivas e da agência oficial de notícias Jana, a Otan persegue ampliar sua campanha com o propósito de debilitar o governo com ataques aéreos sobre centros de comando do deserto e patrulhas marítimos para interceptar barcos.

Enquanto isso, a ex-congressista estadunidense Cynthia McKinney, que foi convidada por uma organização não governamental para verificar a situação na Líbia, afirmou que "a última coisa que necessitamos fazer é gastar dinheiro em morte, destruição e guerra".

"Penso que é muito importante que as pessoas entendam o que está ocorrendo aqui, e que todo o mundo veja a verdade", apontou a ex-legisladora republicana à televisão estatal.

Fonte: Prensa Latina