China repassará mais verba a serviço gratuito de saúde pública

Em coletiva realizada em Pequim, o diretor responsável pela saúde comunitária e saúde das mulheres e crianças, Qin Huaijin, anunciou que o governo chinês vai elevar o gasto anual per capita de serviço médico de 15 iuanes para 25 iuanes, estendendo-o a um número maior de cidadãos.

"Vamos oferecer serviço médico gratuito a crianças entre 0 e 6 anos, e não mais somente àquelas entre zero e três anos. Como resultado, mais 48 milhões de pessoas serão atendidas ao ano. Além disso, serão oferecidos serviços a mais 10 milhões de hipertensos, 6 milhões de diabéticos e, incluídos no plano de saúde 3 milhões de doentes psiquiátricos com transtornos graves. Planejamos ampliar os projetos de exames médicos para grávidas e idosos com mais de 65 anos."

Com o reajuste, o plano básico de saúde pública passa a contar com 41 itens que beneficiarão, sobretudo, às crianças, grávidas e aos idosos. Por exemplo, cada criança entre 0 e 6 anos terá acesso a 14 tipos de vacinas e 13 serviços de acompanhamentos, entre eles avaliação do crescimento, exame médico, assistência e orientações sobre saúde.

Já as mulheres grávidas passam a usufruir de cinco novos serviços de saúde gratuita, além de duas revisões e exames médicos pós-parto. Os idosos com idade superior a 65 anos têm direito a um serviço de saúde anual que inclui avaliação do estilo de vida, check-up e orientações de saúde.

Segundo o diretor Qin, o plano de saúde pública deste ano leva em conta a população migratória composta por cerca de 240 milhões de trabalhadores. Segundo ele, o ministério já solicitou aos governos locais a oferta dos mesmos serviços a toda a população.

"Temos que incluir os trabalhadores migrantes e seus filhos no plano de saúde pública, oferecendo-lhes serviços de educação de saúde, vacinação, saúde das crianças e saúde das gestantes. Vamos elaborar um arquivo sobre a saúde da população migrante que mora nas cidades a mais de seis meses."

O plano de saúde pública inclui ainda serviços de supervisão. Segundo o diretor Qin, as zonas rurais são carentes de um sistema da supervisão alimentar. O ministério ordenou que todos os órgãos de assistência médica nas áreas rurais assumam a tarefa de registrar os casos vinculados à segurança alimentícia.

O plano básico de saúde pública é uma missão de longo prazo do programa de saúde pública da China que favorece a redução das diferenças entre regiões urbanas e rurais. O ministério de Saúde planeja beneficiar aos residentes urbanos e rurais com serviços médicos iguais.

Até o fim de 2010, cerca de 50% dos habitantes urbanos e 40% dos tiveram seus dados de saúde arquivados e 80% das gestantes e crianças com idade inferior a 3 anos foram beneficiadas pelo serviço.

Fonte: Rádio Internacional da China