Candidatos ao governo do Peru participaram de último debate
A uma semana das eleições presidenciais no Peru, os candidatos Ollanta Humala e Keiko Fujimori se enfrentaram nesta domingo (29) no último debate público antes das votações. Ambos repetiram os discursos feitos durante a campanha, evitando enfrentamentos. Pelas últimas pesquisas de opinião, Keiko, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), lidera as intenções de voto.
Publicado 30/05/2011 11:15
O debate foi organizado pelo Júri Nacional de Eleições (JNE), no Hotel Marriot, em Lima, e transmitido por redes de televisão. As eleições ocorrerão no próximo domingo (5), quando cerca de 1,8 milhão de peruanos deverão ir às urnas.
O debate de ontem foi dividido em quatro áreas de discussão – pobreza; segurança e tráfico de drogas; instituições democráticas; e inclusão econômica e social. Os candidatos apresentaram seus planos de governo para cada setor e depois responderam a perguntas específicas com direito a réplicas.
A discussão se acirrou quando Humala afirmou que a candidatura de Keiko representa a restauração de um sistema corrupto e que viola os direitos humanos, semelhante ao do pai dela, Alberto Fujimori. O ex-presidente está preso devido a denúncias de corrupção e violação de direitos humanos.
A filha de Fujimori reagiu, negando que o pai irá governar em seu lugar. Keiko afirmou que a candidata é ela e não o ex-presidente. Em tom desafiador, Keiko chamou Humala para o debate. “Se for eleita presidenta do Peru, eu que tomarei as decisões ", disse.
Humala, que obteve vitória no primeiro turno, afirmou ainda que se chegar ao poder vai implementar o chamado "Programa Pensão 65", que promoverá o aumento US$ 95 na renda de adultos desempregados. "Queremos que o crescimento econômico seja para todos e todas", declarou.
Além disso, o candidato pretende ampliar o orçamento do programa de ajuda social "Juntos" e construir um hospital em cada região do país para atender os mais necessitados.
Keiko destacou sua intenção de dar mais poder aos wawawasis (lares para crianças), melhorar a educação e aumentar o investimento em escolas, além de manter o atual programa econômico.
Com agências