Servidores estaduais paralisam as atividades em junho

Os servidores estaduais cruzarão os braços por 24 horas na sexta-feira (3). A paralisação foi deliberada na assembleia geral do Fórum dos Servidores Estaduais (FSE), coordenado pela CUT-PE, na área externa da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

O Fórum é contra o corte da consignação das associações de policiais militares, por entender a medida como arbitrária e que não contribui para as relações democráticas de trabalho.

A coordenação do FSE também discorda da proposta salarial de 4% apresentada pelo governo. Para a entidade, o ato lembra o período recente em que o ex-governador Jarbas Vasconcelos cortou a consignação do Sintepe, Sinpol, Sindisco e da Associação de Cabos e Soldados.

Durante a assembleia da quarta-feira (18), os servidores ainda cobraram transparência sobre as propostas para os setores da Saúde, Educação e Segurança, anunciados como prioritários pelos secretários de governo.

Cerca dez entidades vinculadas ao funcionalismo estadual do Poder Executivo participaram da mobilização cujo encerramento se deu com uma passeata em direção ao Palácio do Campo das Princesas. Uma comissão de sindicalistas foi recebida pelo secretário de Articulação Institucional, Sileno Guedes, que preferiu não se posicionar sobre as reivindicações da categoria.

De acordo com o Coordenador Geral do FSE e diretor do Sintepe, Paulo Rocha, o desfecho da assembleia foi positivo devido a participação conjunta dos servidores e do apoio das categorias à comissão de negociação. Rocha afirmou que os salários pagos pelo Estado estão os entre os mais baixos do país.

“Cerca de 130 mil servidores civis (60% do funcionalismo) tem remuneração bruta até R$ 2.305,00; 3,2 mil recebem abono para que a remuneração atinja o valor do salário mínimo e 14.471, atingidos por leis complementares em março de 2010 tiveram seus salários reduzidos e hoje recebem uma Parcela de Irredutibilidade Remuneratória (PIR) para manterem a remuneração que tinham”, explicou.

Fonte Sintepe