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Otan intensifica bombardeios na Líbia e faz pressão diplomática

A aviação da Otan bombardeou novamente a Líbia nesta quinta-feira (9) com o objetivo confesso de subjugar Muamar Kadafi por meios militares, enquanto o conflito continua no oeste e se esboça uma reunião internacional em Abu Dhabi.

A Otan retomou os ataques aéreos após uma calma relativa. A quarta-feira (8) foi considerado o dia mais violento desde o início das operações no final de março.

Depois de um atentado a bomba na terça-feira, que resultou em pelo menos 31 mortos, os aviões ocidentais interromperam os ataques na parte da manhã e meio-dia da quarta-feira até à noite, quando voltaram a atacar a capital.

Testemunhas disseram que a maioria dos edifícios no bairro de Bab Al-Aziziyah foi completamente destruída e esvaziada. A Otan mantém a expectativa de realizar uma escalada e acelerar a eliminação do líder líbio, conforme acordado na quarta-feira em Bruxelas.

Os ministros da Defesa da Otan se encontraram na cidade europeia e decidiram levar até o fim por todos os meios a atividade militar para derrubar o líder líbio Kadafi. Este, por sua vez, já descartou pedir demissão e prometeu lutar até à morte.

As tropas leais a Kadafi atacaram a cidade ocidental de Misrata, que se encontra em poder da oposição armada.

A contraofensiva com artilharia pesada do exército de Kadafi foi particularmente severa a partir da Misrata. Mas a Otan afirma que já destruiu 80% do poder de Kadafi três meses após o início da missão de "Protetor Unificado”.

Informes da oposição armada dão conta de que pelo menos 12 de seus homens foram mortos e 26 feridos, enquanto se preparam para novos confrontos na área de fronteira com a Tunísia, nas Montanhas Ocidentais.

A reação do exército coincidiu com as missões diplomáticas da Espanha, em Bengazi, a principal fortaleza da oposição, para reconhecer o Conselho Nacional de Transição (CNT), e os esforços da Líbia junto à China na véspera da reunião em Abu Dhabi.

O chamado Grupo Internacional de Contato para a Líbia (Gicla) se propõe nesta quinta-feira, pela terceira vez, a delinear na capital dos Emirados Árabes Unidos o “modelo de democracia” que pretende para o país do norte da África após a eventual saída de Kadafi.

Fonte: Prensa Latina