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Chávez passa por cirurgia de emergência em Cuba e está em repouso

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, teve de ser submetido a uma cirurgia de emergência nesta sexta-feira (10), durante sua visita a Cuba, em consequência de problemas na zona pélvica. Chávez viajou a Havana depois de visitar Brasil e Equador.

Na ilha, foi submetido a uma série de exames que constataram a presença de um abscesso pélvico (acúmulo de pus causado por infecção bacteriana), informou o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, que acompanha o presidente. Por isso, Chávez teve de "submeter-se de maneira imediata a um procedimento cirúrgico corretivo", agregou Maduro, em comunicado transmitido pela televisão estatal.

Segundo o chanceler, o resultado da cirurgia foi "satisfatório". Chávez, no entanto, terá de se recuperar na ilha antes de voltar a Caracas. A equipe de médicos venezuelanos e cubanos "estima que em breves dias Chávez estará em condições de regressar de maneira segura à Venezuela".

Esse é o segundo problema de saúde que Chávez enfrenta nas últimas semanas. Há um mês, ele teve de adiar seu primeiro encontro oficial com a presidente Dilma Rousseff, em consequência de uma lesão no joelho.

Antes da cirurgia de emergência, Chávez se reuniu com seu principal aliado na região, o líder cubano Fidel Castro, e com o presidente de Cuba, Raúl Castro, para avaliar os projetos de cooperação nas áreas de energia, agricultura e telecomunicações. Uma comissão bilateral revisou os projetos comuns em andamento e outros novos, "para assegurar sua culminação bem-sucedida".

Nas reuniões, Cuba e Venezuela analisaram novos projetos em matéria energética, entre eles o aumento da capacidade das refinarias petrolíferas da ilha. Os dois aliados projetam aumentar a capacidade de refino da central cubana Camilo Cienfuegos, cerca de 250 quilômetros ao sudeste de Havana, a 150 mil barris de petróleo diários, mais que o dobro dos 65 mil atuais.

Além disso, preveem construir uma usina de gás liquidificado, um gasoduto de 320 quilômetros e outra refinaria com capacidade para 150 mil barris diários em Matanzas, ampliar a capacidade de armazenamento do porto dessa cidade e ativar o oleoduto que a une com a central Camilo Cienfuegos, entre outras obras nesse setor. Outro assunto tratado foi o avanço para criar uma Escola de Formação das Forças Armadas no marco da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América).

Segundo o vice-presidente cubano, Ricardo Cabrisas, as conversas permitirão "continuar aprofundando o processo de integração e cooperação entre as duas nações". Nos últimos anos, a Venezuela foi o principal aliado político e o maior parceiro comercial de Cuba, seguido de China, Espanha e Canadá. A troca bilateral passou dos US$ 200 milhões em 2005 para mais de US$ 3 bilhões em 2009.

O governo venezuelano envia diariamente a Cuba 100 mil barris de petróleo. Em contrapartida, recebe ajuda profissional de mais de 40 mil cubanos, dos quais 30 mil são médicos.

Da Redação, com agências