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Para Marco Maia, Senado precisa de mais tempo para debater MPs

Os presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reuniram-se na terça-feira(14) para tratar, entre outros assuntos, da mudança no rito de tramitação das medidas provisórias (MPs). Sarney é autor de proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece que a Câmara e o Senado tenham o mesmo prazo para votar matérias encaminhadas por meio de MPs.

De acordo com Marco Maia, os senadores têm razão ao reclamar da falta de tempo para analisar as MPs que chegam da Câmara a poucos dias do vencimento do prazo. “Não é justo que o Senado tenha um tempo tão curto para tratar das medidas provisórias, o que impede o debate, a contribuição dos senadores.”

Ele se comprometeu a conversar com os líderes dos partidos na Câmara para chegar a uma proposta que contemple a reivindicação dos senadores. “Temos que achar uma solução que permita à Câmara não perder as suas atribuições, mas que também dê condições para que o Senado faça o seu debate sobre as MPs. Não é o projeto do senador Aécio Neves (PSDB-MG), mas também não é manter da maneira como está o rito das medidas provisórias.”

Aécio Neves apresentou emenda à PEC de Sarney sugerindo que seja criada uma comissão na Câmara e outra no Senado que decida sobre a admissibilidade das MPs de acordo com os critérios estabelecidos em lei.

A MP 517 é um exemplo do prazo exíguo dados aos senadores para discutir as medidas provisórias. A matéria ficou 117 dias na Câmara aguardando votação dos deputados e chegou ao Senado faltando apenas três dias para perder a eficácia por decurso de prazo. Com isso, vários senadores se queixaram que não tiveram tempo sequer para ler completamente o texto e avaliar com calma a medida.

Agência Brasil