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Chile apresenta níveis alarmantes de desigualdade

Especialistas chilenos afirmaram nesta quarta (15), durante conferência na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que o país apresenta grave quadro de desigualdade socioeconômica. A renda familiar da população mais rica chega a superar em até 78 vezes a da população mais pobre.

O ex-ministro de Fazenda, Andrés Velasco, traduziu em números o desnível: 10% dos lares mais ricos tem um rendimento per capita 78 vezes maior que 10% dos mais pobres. Velasco disse ainda que tais desequilíbrios são causados pelas dificuldades de acesso ao mercado de trabalho.

O diretor da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais, Andrés Solimano, avalia que a discrepância na renda se deve também ao sectarismo do modelo educacional, que discrimina a população mais pobre, facilitando o ensino aos estudantes mais ricos.

Cristián Grutas, dirigente sindical Cristián Grutas, afirmou que os trabalhadores estão sendo convocados a uma mobilização contra a desigualdade, que os organize em um movimento reinvidicatório de salários mais justos .

Francisco Figueroa, vice-presidente da Federação de Estudantes da Universidade de Chile, ressaltou que os salários no país não atendem a necessidades básicas de sobrevivência. Figueroa apoiou o argumento no recente relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo o qual o Chile, dentro de um conglomerado de 34 nações, é o Estado com maior desiguldade em relação aos rendimentos de população.
Em relação ao nível de pobreza, o país sul-americano ocupa a terceira posição, logo atrás de México e Israel, dentro de uma organização apelidada como o clube dos ricos do planeta.

Fonte: Prensa Latina