RPDC destaca amizade entre Kim Il Sung e Salvador Allende
Em 8 de julho se cumprirá o 17º ano do falecimento do presidente da República Popular Democrática da Coreia, Kim Il Sung, um dos maiores políticos do século 20, que fez destacados aportes à causa da independência dos povos no mundo e que encontrou mais de 70 mil personalidades estrangeiras, dentre elas chefes de Estado e de governo e líderes de partidos de muitos países, os quais admiraram suas nobres qualidades e seu amor ao ser humano.
Publicado 27/06/2011 20:26
Salvador Allende, que foi presidente da República do Chile, também foi uma das personalidades que Kim Il Sung conhecera.
Allende estudou medicina na Universidade de Santiago do Chile e obteve a graduação de doutor em neurologia. Ao analisar a realidade da sociedade compreendeu que era mais imperioso curar os males sociais que as doenças que afetavam a população.
Começou a buscar o caminho que conduzisse sua sociedade ao desenvolvimento independente e lia com grande interesse as obras do presidente Kim Il Sung, sentindo-se também um adepto da ideia Juche.
Allende queria tanto conhecer o líder do povo coreano que quando uma delegação cultural de amizade da Coreia fez uma visita ao Chile, convidou seus membros a visitar sua casa, onde expressou seu desejo de conhecer Kim Il Sung.
Em 1969, quando era presidente do Senado, vez uma visita à RPDC. O presidente Kim Il Sung o recebeu com alegria e amabilidade. Allende, muito emocionado, não sabia como agradecer-lhe. O líder coreano o qualificou como companheiro de armas, com quem lutava na mesma trincheira anti-imperialista e expressou que lhe alegrava muito ter um amigo como Allende no Chile, um grande país latino-americano.
Kim o tratava não como um hóspede que recém conhecera, mas como um velho companheiro de luta, com quem compartilhava alegrias e tristezas, a vida e o risco da morte há muitos anos, o que o impressionou bastante.
O chileno reafirmou sua fé na justiça e decidiu lutar com toda sua dedicação à causa da independência. Ao se despedir de Allende, Kim disse que ele ainda voltaria a seu país, afirmando que seriam "companheiros perpétuos na luta anti-imperialista".
Allende qualificou Kim Il Sung como personificação da independência e da justiça e lutou com entusiasmo pela construção de uma nova sociedade, para desenvolver seu país por meio de uma via independente. Em 1970 foi eleito presidente da república e começou a colocar em prática as reformas sociais e econômicas, no sentido de reforçar a soberania nacional e melhorar as condições de vida das massas trabalhadoras.
Eliminou a base militar e as estruturas culturais e econômicas americanas no país, que serviam para dominar e controlar o Chile. Recuperou as relações diplomáticas com Cuba e estabeleceu relações, então inéditas, com a RPDC, com a China, Vietnã e Mongólia.
Os Estados Unidos, alarmados diante da posição anti-imperialista e independente que o governo de Allende mantinha, incitou Pinochet e outros militares de direita para que desatassem em um golpe de estado, ocorrido em setembro de 1973.
Os golpistas o obrigaram a abandonar o palácio presidencial, prometendo que garantiriam sua segurança pessoal, mas Allende recusou a ordem afirmando que só os covardes se rendiam. Com 40 membros da guarda combateu com armas em punho, durante 7 horas, para defender o palácio até cair heroicamente.
O presidente Kim Il Sung expressou ao encarregado de negócios do Chile na Coreia seu profundo pesar com o assassinato de Allende. Ao se inteirar de que a irmã do falecido presidente emigrara para outro país e que estava com a saúde abalada, a convidou a visitar a RPDC para receber o tratamento médico adequado.
Posteriormente, o líder coreano falou em várias ocasiões de Allende e da revolução chilena. Durante um encontro que manteve com o secretário-geral do Partido Socialista do Chile, que estava em visita à Coreia, referiu-se a Allende, lembrando sua queda heróica em combate, e disse que o considerava como heroi do povo chileno, heroi da classe operária mundial.
Como se vê, o presidente Kim Il Sung considerou os partidários da independência e da justiça como seus velhos companheiros de luta, embora os visse pela primeira vez, e cumpriu fielmente sua obrigação com os companheiros e amigos.
No Chile e outros países latino-americanos se fala muito das relações de amizade e confiança entre os presidentes Kim Il Sung e Salvador Allende.
Fonte: Embaixada da RPDC no Brasil