Assembléia Legislativa debate Campanha Ceará sem Homofobia 

 A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Ceará promoveu, na tarde desta terça-feira (28/06), audiência pública para debater a campanha “Ceará sem Homofobia”. A iniciativa recebeu o apoio das deputadas Patrícia Saboya (PDT) e Eliane Novais (PSB) e de autoridades do Estado e de Fortaleza presentes a audiência.

 Autora do pedido de debate, a deputada Patrícia Saboya (PDT) disse que a audiência tem por objetivo discutir as dificuldades e os avanços dos LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) no Estado. “Nada melhor do que ouvir as pessoas que travam essa luta diariamente e fazer da Assembleia a interlocutora das suas reivindicações”, considerou a parlamentar.

A presidente da comissão, deputada Eliane Novais (PSB), ressaltou a iniciativa do Governo de criar a Coordenadoria Estadual de Políticas Públicas para LGBTT. “É um dia de alegria, de comemorarmos as diferenças e saber que o nosso Estado conta com uma ferramenta tão importante para a garantia dos direitos humanos”, afirmou Eliane.

Presente na audiência, a secretária de Justiça do Estado do Ceará, Mariana Lobo, destacou a importância da aprovação da PLC 122, que propõe a criminalização da Homofobia no Brasil. “É uma efetivação dos direitos humanos. A sociedade evoluiu para proteger grupos que antes eram discriminados, como os índios, mulheres, negros. O que queremos é incluir esse grupo, hoje tão vulnerável, que é o LGBTT”, explicou.

Representando a Coordenadoria de Diversidade Sexual da Prefeitura de Fortaleza, Rose Marques frisou a relevância do diálogo sobre a diversidade. “Estamos falando de respeito e dignidade. O direito que cada um tem de viver sem ter a obrigação de se encaixar em rótulos. Se isso for difundido, ao menos o respeito pelas diferenças nós vamos obter”, disse ela.

Andréa Rossati, coordenadora Estadual de Políticas Públicas LGBTT do Governo do Ceará, salientou que não estamos ali para fazer apologia. "Não queremos que aceitem nossa orientação sexual, mas que respeitem. Lutamos por uma cultura de paz”, acentuou.

Estiveram presentes na audiência representantes da Coordenadoria de Diversidade Sexual de Pacatuba, Maracanaú, entre outros.

Fonte: AL/CE