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Presidente do Sudão visita China e aprofunda cooperação

O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, reuniu-se nesta quarta-feira (29), em Pequim, com seu colega chinês, Hu Jintao. O encontro culminou com a assinatura de vários acordos de ajuda econômica e tecnológica chinesa ao país norte-africano. Os dois líderes concordaram em aprofundar as cooperações práticas e promover a relação amistosa entre as nações.

De acordo com a China Radio International, o país asiático quer fornecer apoio técnico e continuar fomentando os centros de desenvolvimento agrícola. Além disso, vai estimular suas empresas nacionais a participarem da exploração de recursos minerais e do desenvolvimento do Sudão.

A China pretende ainda ajudar o país a treinar seus talentos e manter conversações sobre a reforma do Conselho de Segurança e as questões mundiais e regionais.

No primeiro dia da viagem, na terça-feira, o presidente sudanês visitou a maior petrolífera chinesa e assinou acordo de cooperação, renovando o que havia sido firmado há quatro anos.

Nesta quarta, no encontro com Bashir, Hu expressou sua confiança de que a viagem de seu colega sudanês "consolide e desenvolva a tradicional amizade chinês-sudanesa e promova uma substancial cooperação", e afirmou que a boa relação entre ambos os países continuará "apesar das mudanças internacionais ou da situação nacional no Sudão".

Os acordos, que incluíram empréstimos chineses para o desenvolvimento de infraestrutura e equipamentos (com quantias não detalhadas), foram assinados em cerimônia ao fim do encontro entre Hu e Bashir, no Grande Palácio do Povo.

Na reunião, realizada após a habitual passagem em vista das tropas chinesas, Bashir classificou o presidente Hu de "amigo e irmão" e agradeceu a "calorosa acolhida", importante para um líder que teve negado expressamente a entrada em muitas nações, incluindo vizinhos africanos.

O líder sudanês teve sua prisão decretada pelo Tribunal Penal Internacional de Haia por crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio em Darfur, onde 300 mil pessoas morreram desde o ano 2003.

Por esse motivo, a viagem do presidente sudanês à China foi criticada por organizações pró-direitos humanos. O Ministério de Relações Exteriores chinês insistiu em que o Sudão é "um país amigo", e manifestou suas reservas com relação à ordem de captura do TPI, lembrando que China também não é membro do tribunal.

Com agências