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Cuba reage a acusações dos EUA sobre tráfico de pessoas

O governo de Cuba reagiu às informações do Departamento de Estado norte-americano que faz críticas à política de direitos humanos no país. A diretora da América do Norte do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal, disse que a análise é uma “calúnia vergonhosa”. Segundo ela, o relatório é mentiroso. Pelo documento, Cuba, apontado como um país de trânsito na região, registra elevados casos de tráfico humanos e violações.

Vidal acrescentou que o governo de Cuba adota uma política de “desempenho exemplar” na proteção de crianças, jovens e mulheres. As informações são do jornal oficial cubano, Granma. Pelo relatório norte-americano, Cuba mantém contrastes evidentes.

“Na região, Cuba adota um dos padrões mais avançados e mecanismos para prevenir e combater o tráfico [de pessoas] e o cuidado na proteção das crianças e dos setores vulneráveis da população”, disse a diretora. “Os Estados Unidos simplesmente decidiram, mais uma vez, ignorar os fatos.”

Os governos de Cuba e dos Estados Unidos não têm relações políticas e econômicas, agravadas pelo bloqueio imposto pelos norte-americanos aos cubanos desde 1962. 

O comunicado da funcionária cubana ressalta entre outras coisas que Cuba não é país de origem, nem de trânsito, nem de destino deste flagelo. Não existe o tráfico sexual de menores, nem o trabalho forçado infantil. Pelo contrário, a legislação e as políticas adotadas pelo governo cubano e o trabalho desenvolvido por nossas instituições nessa esfera colocam Cuba entre os países da região com normas e mecanismos mais avançdos na prevenção e combate ao tráfico de pessoas e no cuidado e proteção da infância e dos setores vulneráveis da população.

"Não são corretas as alegações do informe quando assegura que não existe informação sobre as ações de Cuba na matéria. O governo dos Estados Unidos sabe disso. Embora Cuba não reconheça este exercício unilateral e discriminatório, assim como outros governos, os Estados Unidos dispõem de informação atualizada sobre a sistemática gestão de múltiplas instituições cubanas na prevenção e enfrentamento do tráfico de pessoas. Simplemente os EUA decidiram mais uma vez ignorar os fatos".

Para Josefina Vidal, com suas acusações os Estados Unidos buscam pretextos para desacreditar Cuba e ao mesmo tempo ignoram os esforços legítimos que se realizam no mundo para eliminar uma atividade criminosa que prejudica milhões de vítimas. A obsessão por tentar justificar uma política fracassada e cruel como o bloqueio é a única razão que explica a arbitrária inclusão de Cuba nesta lista, diz o comunicado.

Com informações do Jornal Granma
Atualizado às 10h40 para acréscimo de informações