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Mercado está parado, mesmo com desemprego reduzido, aponta IBGE

Apesar da redução de 0,2 ponto percentual na taxa de desemprego de maio para junho (de 6,4% para 6,2%), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) considera a variação como "estatisticamente estável" e avalia que o mercado de trabalho está "parado" neste ano.

Para o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo Pereira, não tem sido gerados, desde janeiro, postos de trabalho em volume suficiente para reduzir a taxa de desemprego de forma significativa.

"O mercado de trabalho está parado. Não apresenta evolução. Era esperada uma inflexão da taxa de desocupação que não aconteceu ainda", diz Pereira.

Segundo o gerente do IBGE, o crescimento de 0,2% do número de pessoas ocupadas de maio para junho também configura estabilidade e não foi suficiente para fazer a taxa de desemprego cair de modo significativo.

Já a queda de 3% do total de desempregados de maio para junho, diz, pode estar ligado à proximidade das férias escolares, período no qual as mulheres tendem historicamente a reduzir a procura por trabalho para ficar com os filhos.

Apesar de "parado", o mercado de trabalho vive, em 2011, o melhor ano desde 2002, quando teve início a nova pesquisa de emprego do IBGE.

Na média do primeiro semestre, a taxa de desemprego atingiu 6,3%, a menor marca da série histórica do IBGE. Em todo ano 2010, a taxa média havia ficado em 6,7%.

Mantido apenas o atual ritmo e mesmo sem nenhuma melhora do mercado de trabalho, diz, a taxa de desemprego deve fechar 2011 abaixo do patamar de 2010.

Da Redação, com agências