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Cuba: trabalho autônomo cresce além de previsão oficial

O número de cubanos que trabalham por conta própria na ilha continua aumentando e já supera a marca de 325 mil pessoas, ultrapassando as expectativas das autoridades que esperavam atingir esse número somente no final de 2011.

O vice-ministro de Trabalho e Seguridade Social, Carlos Mateu Pereira, considerou nesta terça-feira que as atuais 325.947 licenças concedidas para autônomos no país demonstram que "a realidade" do processo é "positiva".

O funcionário não detalhou quantas das licenças causaram demissões e explicou que este é um dado difícil de contabilizar. Até o momento, 68% dos cubanos que solicitaram licenças como autônomos estavam "desvinculados" do mercado de trabalho, enquanto 30% correspondem a ex-empregados estatais e aposentados.

O governo do presidente Raúl Castro ampliou essa modalidade de emprego em outubro do ano passado como parte de suas reformas econômicas, um plano que também inclui ajustes trabalhistas no setor estatal e prevê a eliminação de meio milhão de empregos públicos.

Pereira declarou nesta terça (19) que o número de desempregados em Cuba ainda está sendo contabilizado, porque o governo decidiu realizar os ajustes "com maior profundidade para evitar erros em sua implementação".
Além disso, o ministro destacou que como parte dos ajustes muitos trabalhadores do setor estatal poderiam passar às "novas formas de gestão" que o governo se propõe a "ampliar e fortalecer", como as cooperativas.

Quanto às entidades que já iniciaram o reajuste no quadro de empregados, Mateu disse que "o processo está funcionando bem", uma vez que parte dos trabalhadores foi realocada em outros setores ou no setor privado.

O funcionário ressaltou ainda que praticamente não houve necessidade de dar assistência social a um trabalhador demitido, e resta apenas um grupo sob regime de garantia salarial e pendente de realocação.

Fonte: Opera Mundi