Obama cede e aceita plano de curto prazo para dívida
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concordaria com um acordo de curto prazo para elevar o teto da dívida. A informação foi veiculada pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, nesta quarta-feira (20).
Publicado 20/07/2011 19:38
Carney disse que Obama indicou "disposição" para concordar com um acordo de curto prazo se houver um acordo entre Democratas e Republicanos de redução do deficit público que precise de mais tempo para ser votado no Congresso.
Desde o início das discussões sobre o aumento do teto da dívida, Obama tem defendido a ideia de redução em longo prazo do deficit público, com cortes de gastos e também aumento de impostos.Para prevalecer a sua ideia, ameaçou vetar propostas contrárias ao que deseja.
O teto da dívida americana, de US$ 14,3 trilhões, foi alcançado em maio. Desde então, o Tesouro americano tem usado manobras para pagar as contas públicas e o serviço da dívida. Mas o Tesouro só conseguirá manter os pagamentos das contas e da dívida até 2 de agosto.
Na terça-feira, Obama havia manifestado apoio a um plano bipartidário apresentado pelo Senado de cortes de gastos e redução de benefícios fiscais. Ele chegou a dizer que o projeto era "um passo significativo" na discussão sobre o aumento do teto da dívida do país.
O plano, apresentado por seis senadores, apelidado de "gangue dos seis" consiste em reduzir o deficit público americano em US$ 3,7 trilhões. O presidente chamou o plano de "amplo e consistente" com as diretrizes da Casa Branca para elevar o teto da dívida.
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou, por 234 a 190 votos, o projeto de lei "corte, restrinja e equilibre" que impõe limites rígidos em todos os futuros gastos federais, ao mesmo tempo em que torna mais difícil aumentar impostos, principalmente da camada mais rica da sociedade.
O tal plano também prevê que o governo limite seus gastos a menos de 20% do PIB (hoje em quase US$ 15 trilhões); e permite elevar o teto da dívida em US$ 2,4 trilhões apenas se o Congresso aprovar os cortes. A mágica para isso é cortar programas sociais e fazer os trabalhadores pagarem boa parte da conta.
A medida aprovada pelos republicanos, que controlam a Câmara dos Representantes foi um aberto desafio a Obama, que diz defender a elevação da receita do governo com impostos, um dos principais pontos defendidos pelos Democratas.
O projeto limita, ainda, os gastos do governo a menos de 20% do PIB (Produto Interno Bruto).
Com agências