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Albânia: Mineiros fazem greve de fome a mil metros subterrâneos

 Dezenas de mineiros da Bulqize, a maior mina da Albânia, iniciaram nesta segunda-feira (25) uma greve de fome a mil metros de profundidade, em protesto contra os baixos salários e as deploráveis condições de trabalho.

"Iniciamos uma greve de fome porque nossos problemas não foram resolvidos", disse Bahri Bajraktari, um dos mineiros. A greve de fome teve início depois de 20 dias de interrupções no trabalho e protestos diante da sede do Governo em Tirana.

Os trabalhadores pedem um aumento de 20% nos salários, a redução de 60 para 50 anos da idade de aposentadoria; a melhora das condições de trabalho; assistência médica, e a realização dos investimentos prometidas na mina.

Idade Média

"Fazemos a greve para que o governo venha ver que trabalhamos como na Idade Média (…), arriscando nossas vida", disse Sabri Kurti, outro mineiro.

Os dirigentes da concessionária que administra a mina solicitaram o reinício dos trabalhos e prometeram um aumento salarial de 10%, oferta que foi rejeitada pelos mineiros. Desde o fim do socialismo, com a vitória da contrarrevolução que reinstaurou o capitalismo na Albânia, há 20 anos, 15 mineiros já morreram e dezenas ficaram feridos na mina de Bulqize.

Da redação, com agência Efe

Texto alterado às 18h28 do dia 26 de julho.