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Geithner: acordo sobre limite da dívida dos EUA tem que sair hoje

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou que o governo Barack Obama e a oposição republicana precisam alcançar um acordo nesta segunda-feira (25) para pôr fim ao impasse sobre o limite da dívida pública do país e, assim, evitar o risco de calote.

No próximo dia 2 de agosto, os Estados Unidos devem ultrapassar o chamado teto de sua dívida, que chega a US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões). Negociações entre o presidente Obama e o líder do Congresso, o republicano John Boehner, não conseguiram romper o impasse a respeito do tema.

''Eles precisam de um projeto que, com total certeza, seja aprovado nas duas casas do Congresso”, disse Geithner. “Existe muita política envolvida, mas tem de ser feito, não há escolha, não há alternativas, o fracasso não é uma opção."

Analistas afirmam que o calote da dívida americana poderia provocar um salto da taxa de juros nos Estados Unidos e potencialmente ameaçar a recuperação econômica mundial. Em entrevista à rede de TV americana ABC, Geithner disse estar confiante que um acordo será alcançado, mas que o prazo está se esgotando.

No último dia 16 de maio, os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público (US$ 14,3 trilhões). À época, Geithner anunciou medidas temporárias, como a suspensão de investimentos em fundos de pensão, a fim que evitar que a dívida ultrapasse esse limite.

Mas, segundo o governo, essas medidas provisórias só serão eficazes até o dia 2 de agosto. Depois desse prazo, caso o teto não seja elevado, o governo não terá mais dinheiro e terá de deixar de cumprir algumas de suas obrigações financeiras.

A oposição republicana, que o controla da Câmara dos Representantes – equivalente à Câmara dos Deputados, no Brasil, – exige que um acordo para elevar a dívida esteja condicionado a cortes no Orçamento americano, para reduzir o déficit, calculado em cerca de US$ 1,5 trilhão (cerca de R$ 2,3 trilhões) para o ano fiscal que termina em setembro.

Os impasses se devem ao fato de que os republicanos se opõem a quaisquer projetos que incluam aumento de impostos. Mas Obama defende a necessidade de acabar com cortes de impostos que beneficiariam a camada mais rica da população, criada ainda no governo do presidente George W. Bush. Já os democratas se opõem a cortar programas sociais que os republicanos desejam enxugar.

Fonte: Agência Brasil