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Alemanha apoia oposição mas descarta intervenção na Síria

A Alemanha advertiu nesta terça-feira (2) contra um chamado a uma intervenção militar na Síria e argumentou que a situação nesse país é diferente da vivida na Líbia.

"No caso da Líbia tínhamos uma resolução da União Africana e da Liga dos Estados Árabes, aqui não temos nenhuma das duas coisas, nem nada parecido", declarou o secretário de Estado de Relações Exteriores germânico, Werner Hoyer, à rede pública "ARD".

Ele ressaltou que a situação na Síria é "de conflito, com um grande potencial de agravamento", por isso recomendou "muita, muita prudência".

O diplomata fez ao mesmo tempo um chamamento à luta internacional contra o governo do presidente sírio, Bashar al Assad e defendeu as posições dos grupos oposicionistas.

Neste sentido indicou que a Alemanha adquire 1% de seu petróleo da Síria e que se renunciasse ao mesmo "não sofreria nenhuma consequência".

"Mas se todos tomarem a mesma atitude, se eles (Síria) não conseguirem vender o petróleo, não importa para que parte do mundo, o efeito que alcançaríamos seria enorme", assinalou.

Segundo o vice porta-voz do Governo, Christoph Steegmnans, a chanceler alemã, Angela Merkel, condena "da forma mais firme" a repressão das autoridades sírias e instou ao presidente sírio "com toda clareza a pôr fim imediatamente à violência contra seu próprio povo".
Cerca de 1,6 mil civis e 400 soldados das forças de segurança morreram nos conflitos entre o governo e a oposição, segundo o Observatório para os Direitos Humanos sírio.

Com agências