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TV da Síria mostra imagens de ataque de sabotadores em Hama

A emissora do governo da Síria levou ao ar nesta segunda-feira (1/8) um vídeo amador que mostra homens armados, na cidade de Hama, disparando contra forças de segurança e, em seguida, lançando os corpos dos assassinados no ataque nas águas do rio Orontes.

O vídeo mostrou homens armados com rifles, alguns deles mascarados e vestidos com túnicas, disparando contra policiais em Hama. Em seguida, os homens são vistos lançando o corpo dos policiais ao rio, ao mesmo tempo em que gritavam "Deus é grande".

A agência de notícias local, SANA, afirmou nesta segunda-feira que uma autoridade do país, não revelada, disse que grupos armados "deram início a um ataque intensivo", com uso de munição pesada e bombas do tipo Molotov contra alguns quarteis e delegacias de polícia da cidade de Hama.

A fonte disse que os atacantes levavam armas e percorriam a cidade montados em motocicletas, agregando que as unidades do exército que estão na cidade ainda estavam desmontando as barricadas e barreiras montadas pelos 'sabotadores' no último fim de semana.

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, visitou nesta segunda vários oficiais do exército e policiais no hospital militar Tishrin, em Damasco, o qual teria sido invadido e dominado dias antes por gangues armadas.

O governo sírio afirmou que centenas de policiais e oficiais de segurança foram mortos e muitos outros feridos por grupos armados que estão espalhando o terror no país há quatro meses.

Hoje cedo, o general Riyad Hadad, chefe do departamento político do Exército Sírio, afirmou que o país está diante do "capítulo final" da conspiração.

Em uma entrevista publicada pelo jornal do partido no poder, o al-Baath, Hadad disse que o exército está pronto para fazer o sacrifício necessário para salvaguardar a segurança do país.

Desde o início dos protestos, em meados de março, Hama foi palco das manifestações mais sangrentas, com milhares de pessoas protestando toda semana a favor da derrubada da liderança síria.

A cidade tem uma história de rebelião contra a liderança síria e foi um bastião importante do grupo fundamentalista sírio Irmandade Muçulmana, que patrocinou uma rebelião sangrenta em 1982 na região.

Fonte: Xinhua