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Trabalhadores em greve fazem acampamento em Brasília

Os trabalhadores das universidades federais, em greve há 60 dias, chegaram nesta terça-feira (9), em Brasília, para pressionar o governo federal a abrir as negociações da campanha salarial. Um acampamento foi montado no gramado da Esplanada dos Ministérios na manhã de hoje reunindo grevista de 47 universidades federais. O acampamento, que permanece armado até quinta-feira (11), pretende reunir cerca de mil trabalhadores de universidades públicas de todo o Brasil.

Trabalhadores em greve fazem acampamento em Brasília - Fasubra

Os trabalhadores técnico-administrativos em educação das universidades federais, em greve desde o dia seis de junho, dizem que a manifestação visa demonstrar à sociedade que a greve acontece também em defesa do patrimônio físico e humano das instituições e pela melhoria das condições de trabalho e dos serviços prestados à população.

Durante o evento serão realizadas atividades políticas e culturais, além da distribuição de carta aberta dos trabalhadores, explicando os motivos da Greve e a importância das reivindicações da Categoria para a sociedade, tais como a defesa da destinação de no mínimo 10% do (PIB) Produto Interno Bruto para a educação e a derrubada do projeto de lei que congela os investimentos da União por 10 anos (expansão do serviço público, investimento em infra-estrutura, programas sociais etc).

O movimento defende também a retirada da pauta do Congresso Nacional do projeto que cria uma empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. (EBSERH) para gerir os hospitais universitários, retirando das universidades sua autonomia e podendo precarizar os serviços prestados, tanto no atendimento ao público quanto ao ensino, à pesquisa e à extensão.

Programação

Caravaneiros de estados como Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Mina Gerais, Pará, Rio Grande do Sul e centenas de outros servidores ergueram suas próprias barracas para participar do movimento paredista. Até o final da tarde, estão sendo esperadas novas caravanas.

À tarde, eles saem em passeata percorrendo os ministérios da Educação e do Planejamento, onde devem reiterar o pedido de reabertura de negociação.

Em Brasília, os grevistas também vão cumprir agenda no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que concedeu liminar determinando percentual mínimo de 50% de retorno da categoria aos postos de trabalho, decisão que vem sendo cumprida pelos sindicatos de base, segundo informou a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra).

De Brasília
Márcia Xavier
Com informações da Fasubra