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Israel aprova construção de 1,6 mil casas em Jerusalém Oriental

O ministro do Interior israelense deu a aprovação final para um plano de construção de 1,6 mil casas em Jerusalém Oriental, ato que tem causado repúdio da comunidade internacional e que provocou um pequeno atrito dos Estados Unidos com seu satélite no Oriente Médio.

Além disso, já é dada como certa a aprovação final para a construção de outras 2,7 mil casas, sendo 700 previstas para a colônia ilegal de Pisgat Ze'ev e outras 2 mil na de Givat Hamatos.

A divulgação oficial nesta quinta-feira (11) da aprovação dada pelo ministro do Interior israelense, Eli Yishai, é vista pelos Estados Unidos como mais um obstáculo na sua tentativa de gorar os esforços palestinos pelo reconhecimento pela Organização das Nações Unidas do Estado palestino.

A aprovação inicial para a construção ilegal das 1,6 mil unidades residenciais em Ramat Shlomo, uma área na Cisjordânia invadida por Israel, foi concedida em março de 2010 e provocou atritos entre a liderança israelense e o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que estava em visita ao país.

Na época, Biden condenou o plano israelense, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, reforçou a retórica da irritação, afirmando que o ato era um "insulto", no entanto, os Estados Unidos não tomaram nenhuma ação concreta na ocasião, como era de se esperar.

Cerca de 500 mil judeus foram instalados na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, áreas invadidas por Israel na guerra de 1967. Cerca de 2,5 milhões de palestinos vivem no mesmo território.

Reação palestina

Saeb Erekat, o chefe do comitê de negociação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), condenou nesta quinta-feira a aprovação da construção de novas casas no território palestino ocupado. "Israel considera-se um Estado acima da lei internacional, sem obrigação de prestar contas", disse Erekat em comunicado.

Erekat considerou o anúncio das novas construções mais um ataque à legitimidade internacional e à possibilidade de chegar a uma solução de dois Estados, assim como "uma prova a mais de que o governo israelense está comprometido a investir na ocupação, em vez da paz".

Com agências